quinta-feira, novembro 06, 2008

shady lane

a shady lane... everybody wants one
a shady lane... everybody needs one
oh my god, oh my god, oh my god, oh my god
oh my god, oh your god, oh his god, over god
it's everybody's god,
it's everybody's god,
it's everybody's god,
it's everybody's god,
the worlds collide,
but all that we want is a shady lane


procuro a lua e não encontro. serve a luz de um poste por detrás de folhas espinhos e galhos. mas a luz amarela ofuscante quer fazer meus olhos fugirem e nem de perto substitui a luz da lua alva ou inspiradora para alguém mais dado à esses caprichos de inspiração poesia ou beleza de alguma noite escura um cigarro algo para ler solidão. e não serve a luz de um poste que mancha de amarelo doentio a visão e a noite e esconte as estrelas para mostrar a rua uma moto passando um vigia apitando numa bicicleta. esconde as estrelas para mostrar o chão de cimento quebrado. esconde as estrelas e substitui a lua. esconde o céu as estrelas e a inspiração para lançar sombras por detrás de folhas espinhos e galhos e a sujeira da rua e a fumaça de cigarro que alva e menos inspiradora sobe em direção de algo que se assemelha à noite mas que pode ser apenas um começo de dia ou um momento antes de se dormir ou apenas o final do turno de um vigia apitando numa bicicleta. porque de tudo vivo o que mais se assemelha à estar vivo é a luz de um poste mostrando folhas espinhos e galhos. dizer que está sozinho é uma afronta à grande realização humana à luz elétrica e à classe dos seguranças noturnos.

se na vida quem perde o telhado em troca recebe as estrelas apenas um poste pode ofuscar o pouco que se ganha.