terça-feira, dezembro 28, 2004



se tenho raiva e me irrito é apenas pra te mostrar que ainda sou feito de fibra e de carne e de muito sangue vermelho. sangue forte e que corre grosso, quase aos trancos, quase arrastando pedaços de mim. me irrito por um capricho, porque você sabe que é insignificante, mas eu tenho que mostrar o contrário só para discordar, só para frustrar você, só para te irritar. me irrito para te irritar mais ainda, e me deleito em gastar com isso um pouco de mim. porque sou feito de fibra, de carne e de nada. muito, transbordando. pulsando dentro de mim em sincronia com o que quer que pulsa dentro de você, você que não é de fibra, nem de carne mas no seu tudo me nulifica e me irrita, me corrói, me come os nacos em largas mordidas.

eu te amo e você sabe que eu não te amo, mas se te amar vai te machucar, então eu vou te amar com cada nesga de pulsão que pode haver em mim. vou te amar para sempre, vou te amar como um louco. vou amar os detalhes que você ama em você, apenas para que você se odeie. vou amar aquilo que você ama fazer, apenas para que você seja infeliz. e vou te amar de mentira, vou te amar de verdade. porque o amor é o pior sentimento do mundo, pior do que a saudade. assim há de ser: fibra, carne e sangue vermelho, tudo amando você.

então no momento certo eu vou deixar de te amar, e de te irritar. vou deixar de pensar em você, e sempre que pensar em você, eu vou saber que você não pensa em mim também. porque eu sei que do mesmo jeito que eu te odeio, você me odeia. do mesmo jeito que eu te irrito, você me irrita. do mesmo jeito que eu te amo...não, você não me ama. afinal, eu não sou esse. se você ama algo em mim, você ama o que não sou eu! você não me ama, não me odeia, não me irrita! você irrita outro, você odeia uma farsa, você ama uma mentira. em verdade vos digo, minto sempre.

esqueça as veias que te inundam o corpo, os humores que te fervem por dentro, o meu amor, o seu desdém, o meu pesar, o seu amar, o meu sofrer, o seu chorar. hoje estamos os dois sozinhos.

quinta-feira, dezembro 23, 2004

~*~

pra coroar um péssimo ano como esse de 2004 nada como ter prospectos de um péssimo fim de ano. porque já não basta não ter nenhum sentido toda a comoção de fim de ano, acaba acontecendo que todos os seus planos de ter ao menos uma boa festa vão por água abaixo, e com um plus "a mais" você ainda fica com uma doença não-incapacicitante, mas terrivelmente irritante e todos os médicos especialistas no seu plano de saúde estão de volta apenas no fim de todas as festas de fim de ano.



- alguém sabe fazer uma tonsilectomia?

quarta-feira, dezembro 22, 2004

reminiscências de 2004, pt i

lembro de muitas ressacas, mas de quase nenhuma festa.
lembro de muitos tombos, mas de nenhuma vez que consegui me levantar.
enfim,
lembro de onde cheguei, mas não como parei lá.





terça-feira, dezembro 21, 2004


mr. flotac, my new friend


e viva a automedicação!

é só saber ler e ter coragem. agora deixa eu ficar aqui quietinho curtindo os efeitos colaterais dessa maravilha da farmacoterapêutica. bora úlcera!

sábado, dezembro 18, 2004



Truco, a terapia definitiva.

veja a situação do rapaz: chegando em casa às 4:40 da manhã, fedendo à cigarro, com bafo de vinho ruim e dreher e acima de tudo isso, com um sorriso no rosto. qual a resposta pra esse enigma supremo? TRUUUUUCO!

porque arreparem comigo a situação: de que me adiantou ficar chorando aqui a noite toda desesperado com a falta de planos, sonhos e perspectivas de vida se tudo que eu poderia esperar viria na mágica sequência 4,5,6,7,Q, J, K, A, 2, 3, e ainda com esperanças de ter em mãos um picafumo, espadilha, copeta ou zap?

escutem todos: nada de gastar lágrimas e tempo pensando em como sua vida é uma merda e como ela pode e vai piorar mais ainda. a solução é jogar truco até de manhã. nem parece que minha vida desgringolou e eu ando cheio de problemas!


e então parceiro, cai?


é SEIS!

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não fiquem de fora, aprendam aqui
como jogar esse joguinho lindo de meu deus
que é a nova religião mundial

terça-feira, dezembro 14, 2004


"melancolia", edvard munch (1891)

"andando de um lado pra outro". era assim que respondia quando indagavam como estava. mas nunca estava, como responder isso? o quanto era, era pouco e por pouco tempo. sempre tinha um porto inseguro. por isso vacilava de um lado à outro sem medo. tinha o seu canto que era só seu; pago com o seu suor e feito à sua maneira. mas era mais confortável os chãos frios e os sofás pequenos e duros . era mais confortável se afastar assim, talvez por medo de se ver tanto em cada detalhe de seu canto: a parede, o armário, os livros, os discos. tão parecido que assustava. claro que se estivesse bem consigo mesmo e se conseguisse se manter assim por tempo suficiente, não sairia de casa nunca e por quase nada, apenas para saciar uma ou outra vontade, capricho ou necessidade. mas até isso apenas se mostram em certas circunstâncias. "é meu ano sabático", viu a frase na tv um dia e assimilou sem ao menos procurar muito saber o que é. era o seu ano sabático, um ano que já sabia ser assim antes mesmo de acontecer.

segunda-feira, dezembro 13, 2004



e cada vez mais solitário e cada vez mais sociável e cada vez mais isolado - cada vez mais exclusivo?. agora casa é onde meus olhos não vêem e onde minha cabeça não deita. mesmo porque o que era casa agora é uma visita dia sim, dia não. um lugar de onde eu tiro o que vai na minha sacola. não é vida nômade, não é ser errante. e não ter mesmo onde pousar. se passarinho tomasse choque não pousava em fio elétrico [/fnord]. um saco azul e velho guardando o que preciso por um dia, como se só um dia fosse o suficiente. como se um dia só fosse todo o tempo de tudo.

basta um cantinho no chão, minha mochila é minha casa, minha mochila é meu travesseiro, eu sou meu mundo.

quarta-feira, dezembro 08, 2004

meeeeeeeesmo de sempre: introdução, parte i, parte ii e agora, mais uma parte d'

"A Esnobada Original"

Parte III - Fazeeeeendo, ein besteira?
ou
Parte Final -
Menelau, corno brutal
ou
Epílogo - A Primeira Guerra Entre os Homens


então como vimos, Paris pensou com o pênis e fez sua decisão. Afrodite tomou a maçã dourada para si, e Paris tomou no cuzinho. lembram aquela profecia? aquela que dizia que ele seria a razão da queda de Tróia? pois bem, aí é que a decisão dele vai mostrar uma coisa: oráculos nunca erram. nem quando você manda seu filho pro meio do mato (vide édipo).


close do momento em que as coisas dão errado na vida de paris


pois bem, Afrodite é uma deusa de palavra e arranjou para que a mulher mais bela do mundo caisse no colinho de Paris. nesse momento provavelmente Éris se engasgou com seu pão de hotdog de tanto rir, afinal, a mulher mais bela do mundo já era casada, e o que viria era melhor do que ela poderia prever.

helena, o nome da moça, era mulher de Menelau, nada mais nada menos que o rei de Esparta. isso mesmo, a mesma cidade da galera grega guerreirinha e brutinha de onde veio a inspiração para He-Man, The Rock e Cláudio Assis. e não só era marida do briguento rei de esparta, como era também filha do ninfomaníaco Zeus, que Hera não leia isso.


paris conquista magicamente helena com um diadema escrito "lembrança de Fortaleza-CE"
(foto antes da escova e luzes)

aí vê só a obviedade: você não só é o rei de Esparta, uma puta cidade de marombados, como é casado com um filletzinho, a "mamotinha-mor". aí vem um pastorzinho qualquer, pega sua nega e ainda leva ela pra casa do caralho, lá do outro lado do Dardanelos. claro que ia ter BABADO FORTE. paris pediu pra tomar no cu, é como passar a mão na bunda de um pitboy na boite.


paris e helena fugindo desesperadamente, uôu!
olhe o desespero no rosto deles!


pois Menelau na viça de reaver sua mulher acaba por fim declarando guerra à Tróia, o abrigo dos dois pombinhos e deu no que deu, néam? zilhares de gregos se matando no peloponeso, cavalos gigantes de madeira, sangue e golpes de jiujitu rolando à solta e no fim das contas, os cambitos secos de Brad Pitt e sua cabeleira loira se esbagaçando no deserto e Orlando Bloom frustrando muitos fãs de Legolas. e tudo isso por causa de um corno raivoso e violento e de uma nêga safada. a Guerra de Tróia foi a primeira grande guerra entre os homens, e devido à Esnobada Original e suas consequencias que nós sofremos...o que já dá um bom aval de crédito pra nossa amada Deusa.


quarta lei do pentabarf (in: principia discordia):
A Discordian shall Partake of No Hot Dog Buns, for Such was the Solace of Our Goddess when She was Confronted with The Original Snub.

ah! e bem, o propósito de ter escrito esse texto era pra elucidar um fato do discordianismo: pois bem, os discordianos não devem comer pão de hotdog pois é o símbolo do sofrimento d'A Deusa pois foi a única coisa que a confortou quando ela foi esnobada pelos deuses naquela festinha paia.



hail eris <-5->all hail discordia.



terça-feira, dezembro 07, 2004





a minha "Esnobada Original" foi descorberta não sei como (aliás, sei) pela
MultiCabala Discordiana Subgeniana Bela-Parrachiana dos Slackers Muito Confusos e aceita como texto canônico. isso sim é something.

ah, e agora eu sou REVERENDO raphael. respect !

bateu o orgulhinho, ein? :~


vede a consagração aqui. sorry, não-iniciados.

ah, a final da série se atrasa por motivos pessoais que não interessam à ninguém, oquei?

quarta-feira, novembro 24, 2004

pra quem pegou o bonde andando, leia a introdução e a parte um da história. e continuamos com

"A Esnobada Original"

Parte II - O Julgamento de Páris



a festa, éris à direita (ninguém entende até hoje o porque das asas )

após Éris ter jogado a maçã dourada na festa ela foi comer um pão de cachorro quente e deixou que a briga rolasse dentro do salão entre as deusas convidadas em detrimento dela.

bafafá rolando solto no casamento. as três deusas na peleja eram as socialites do Olimpo : Atena, deusa da sabedoria, da estratégia e da guerra; Afrodite, deusa do amor e da beleza e Hera era a deusa do casamento e - talvez por isso - uma corna psicótica . a coisa estava feia, ponche voando pra todo lado.

Zeus, marido e irmão de Hera ( ele era chegado nessas modernidades), logo viu que isso não ia pegar bem e arrumou uma solução: iria arranjar um árbitro idôneo para escolher qual das três era a mais bela (mesmo porque ele comeria todas de qualquer forma e nenhum outro deus queria escolher e se fuder depois). Um pastor de Tróia, Páris, foi escolhido para escolher quem seria a escolhida - ufa!


paris tomando sol na ilha de caras

o moçoilo puro e besta era mais um daqueles desafortunados pelos oráculos da grécia. o bichinho era filho do rei de Príamo, rei de Tróia, mas quando nasceu ele foi visto como a razão da queda de Tróia e por isso foi mandado pro mato e acabou sendo um pastorzinho fodido de merda. a primeira grande coisa que iria acontecer na sua vida seria era essa onda de ter de escolher quem seria a tal deusa que mereceria a kallisti.


paris com a maçã e as deusas muito desinibidas tentando convencê-lo.
ah, a grécia...
(clique para ampliar a imagem)


só que aí é que está, as deusas, muito vaidosas e muito orgulhosas, claro que não iriam querer perder o posto de mais bela do olimpo e ainda levar uma maçãzinha de ouro pra casa e então, por debaixo dos poucos panos, as três ofereceram um subornozinho de leve pra Paris.

Hera ofereceu poder político e controle de toda a Ásia, Atena ofereceu habilidades guerreiras e sabedoria militar acima de todos e Afrodite ofereceu a nêga mais bela do mundo.

vamos ser sensatos: Paris, inocente,puro, besta e CABAÇO escolheria o que, advinhem?

é óbvio e todos sabem que são as buças que dominam o mundo, e a melhor buça do mundo não é coisa que se renegue. e afinal de contas, o que peste ele iria fazer de bom com um zilhão de chineses ou com os skills de van damme? a maçã doirada foi pra Afrodite mesmo.


paris entregando a maçã pra afrodite e tomando no cu por conseguinte (rimou). a festa rolando solta atrás (até a bicharada tava marcando presença) e notem Hermes, papagaio de pirata, tentando aparecer na foto (e tentando roubar a maçã, pelo que parece).viva a grécia!
(clique na imagem para ampliar)


mas a coisa é mitologia grega, gentche, e não acabaria por aí...



sexta-feira, novembro 19, 2004

e então, a continuação da história

"A ESNOBADA ORIGINAL"

parte I - O Casamento

como vimos anteriormente, o Olimpo...aliás, o Pélion estava em festa. Tétis e Peleu se casaram e pá, e o maior banquete estava acontecendo. todo mundo naquela confraternizaçãozinha esnobe menos uma das mais importantes deusas: Éris, a própria.


a própria

o lance é que Zeus, preocupado com a fama de barraqueira e desordeira dA Deusa, acabou por não convida-la. o que é claro que a enfureceu, afinal tava a negada toda lá. então ela botou sua alcunha de deusa da DISCÓRDIA à valer e resolveu armar o punch up at a wedding: no meio da festa, Éris lança no salão uma maça feita de puro ouro com a inscrição "Kallisti", que em grego significa "à mais bela".


não é da turma da mônica

tava armado o barraco. como qualquer pessoa minimamente instruída em mitologia grega sabe, os deuses são mais vaidosos e sibites do que os integrantes de todos os big brothers brasil juntos. apois então três das deusas no recinto começaram o fight cada um se achando a mais bela e querendo a maça dourada.*

e então aí já era o clima de paz no casamento. e só não rolou puxão de cabelo e gritinhos de "piranha" porque gentche, são deuses, néam? eles ainda tem classe. mas bem, o babado tava pesando. e a briga tava rolando, até que tiveram uma grande idéia pra decidir de quem seria a tal maçã doirada.**


hail eris and spare change

* devido à problemas de tradução e desacordos epistemológicos, fica difícil saber se originalmente o goldenapple era golden de gold ou golden de acapulco gold (fnord)
** depois do clássico cavaleiros do zodíaco, o outro nome da kallisti ficou mais popularizado: pomo da discórdia. o que é um grande fnord.

quinta-feira, novembro 18, 2004

a não ser que você seja cristão, conhecer as histórias que cercam a sua religião é importante. por isso, aos poucos interessados em conhecer o discordianismo aqui vai um pouco de história.

o discordianismo nos foi revelado através dos proféticos e sábios escritos de Malaclipse, o Mais Jovem (ou Mal-2 ou Malaclypse, The Younger, pros mais puristas) e de Omar Khayyan Ravenhurst enquanto os dois tomavam um cafezinho esperto num boliche e de repentemente notaram que todos estavam em animação suspensa, menos eles e que Éris-A-Própria os revelou toda a verdade, ou o mais próximo da verdade, ou bem, uma verdade qualquer que ela queira ter mostrado. ela é A Deusa, afinal.

anyways, assim como 8/10 cristãos nem ao menos sabem quais são os seus 10 mandamentos, muitos dos discordianos-to-be desconhecem o Pentabarf e as suas 5 Leis Sagradas. e desses que conhecem, alguns não conhecem muito bem o porque de tais leis. e muitos dos que conhecem logo se intrigam do porque com a implicancia com pães de hot dog. para isso, conto-lhes o mito d'

"A Esnobada Original"

primeiro, vamos à um pouco de mitologia grega desnecessária.

vai mais ou menos assim: Tétis era uma nereida. ou uma ninfa marítima. ou um desses tipos de divindades transmorfas que vez por outra acabam se metendo em encrenca (ah, mitologia grega e encrenca na mesma frase é quase pleonasmo).

pois bem, das nereidas, Tétis era das mais gostosinhas e tanto Zeus como Posêidon estavam de olho na moçoila. daí vem a encrenca, segundo as profecias, o filho de Tétis seria mais fodão que o pai. ah, claro que nenhum dos dois ia querer que isso acontecesse e então arranjaram Tétis com um mero mortal, o tal do Peleu, pastorzinho besta e suposto filho do rei da bucólica Tessália (e reparem o nepotismo: neto de Zeus).

mas Tétis, feliz com sua solteirice e sem querer que monopolizassem sua gostosura, ca-la-ro que não gostou nem um pouco disso. Peleu deu o bote, mandou um AGARRO, e não adianta se transformar no bicho que fosse, dela Peleu não largou. até que a bichinha desistiu e resolveu casar com o infeliz.

O Casamento

no alto do monte Pélion o rega-bofe foi magnânimo. só de presentes os noivos foram agraciados com o melhor que a deusaralha e a humanidaralha podia dar. o banquete estava maravilhoso e o rendezvous foi bombante. foi a última vez que os deuses desceram pra confraternizar com humanos e bem, imagina o hi-society no local confraternizando numa boa. bem, assim todos pensavam, pois uma deusa muito importante não fora convidada...

(continua...)


quarta-feira, novembro 17, 2004


- faz uma pose munita pra pôr no fotolog
- maconhaaaaa! ah, e foda-se bush! nhééé!


e então toda essa celeuma para o forum social mundial e eu não movo uma fibra do cu pra isso. eu já sou um completo alienado de qualquer manifestação ou reinvidicação raivosa desde 2003, não gosto de gente suja e sequelada, não gosto da hipervalorização e superstimação da cultura popular (e odeio zé ramalho) e não sei a letra de nenhuma música de Raul Seixas nem Cazuza (e odeio zé ramalho). aí eu penso: pra que merda de ir ao fsm?

"cara, oquei, mas os sujinhos de santa catarina..."

oquei, monca. eu até concordo que os níveis hormonais dos participantes estarão nas alturas e que no fim das contas isso tudo é um motivo pra atracação e sexo em barraquinhas apertadas, mas eu vejo o meu másculo histórico de: 1) mole, frouxo e besta, 2) intolerante, chato e indie e 3) mole, frouxo e besta e fico pensando aqui comigo "nhé".

eu posso estar mais por fora que o "o" do ovo, mas não vou gastar economics com isso. a mesma grana gasta num TERMAS (a.k.a. puteiro) me traria muito mais momô. e as vezes menos doências venéreas...


oquei, só eu que pensei em uma piada juntando a máxima "bancos fodem a gente" e o fato de que o presidente que assumiu o Banco do Brasil temporariamente se chama ROSSANO PINTO?

segunda-feira, novembro 15, 2004

EMOCORE RULES FOR PRESIDENCY:



Bush 2004: because any stupidity sounds great in english.
Verdades Verdadeiras do Discordianismo #3:

Antes ser 100% do que você não acha que é do que ser 10% do que você acha que é.





Verdades Verdadeiras do Discordianismo #2:


Erisian: dizendo as verdades que ninguém acredita.
Verdades Verdadeiras do Discordianismo:

Vida: Se Piorar, Estraga.

sábado, novembro 13, 2004

soft voices may have soft things to say to you. whisper some truths and some wisdom inside your ear. softly. and soft voices may have hard things to say. galantly tearing the little you have left. while you lose it, the sound swaying like it is carried by a rythmic wind. blowing you away. softly.

quinta-feira, novembro 11, 2004

segunda-feira, novembro 08, 2004

sábado, novembro 06, 2004



quem se ocupa em construir castelos de cartas deve saber que a arte e o prazer deve se encontrar no processo e não no resultado em si. mas o que é o construir se não uma busca pelo resultado final? que aliás, deve ser sempre positivo no sentido de que ALGO ao menos se cria. por pior ou melhor que seja, é positivo na significação original. então o que é construir castelos de cartas? sendo que tudo - do castelo em si ao processo de construção - está fadado à destruição a curto prazo ( deve-se levar em conta que tudo que é feito está fadado à destruição pelo menos à longo prazo). eu devo estar falando um monte de besteiras, mas o sentido dos castelos de cartas me é estranho ao menos porque do processo nada sei e nada consigo apreender. é sempre o seguir cego enquanto treme à cada carta colocada, na angústia que se instala em cada junção mínima delas.


meus castelos de cartas sempre vão ruir antes do resultado final, e ao contrário do bom construtor, eu não estou tirando prazer algum disso...

sexta-feira, novembro 05, 2004


não tenha pressa
eu não deixo o sol se pôr
e num segundo
renasce o tempo que parou
quantos dias faltam
pros dias terminarem?

"falta pouco", você diz
mas eu resisto nesse fio de luz
"é a noite, enfim, chegou"
então me leve junto
antes que eu tropece no infinito
longe de você

o que depõe contra nós
é meu falso desencanto e seu olhar
então ó lua, veja bem
que enquanto eu peco
sua luz vai nos testemunhar

"é tão tarde", você diz
mas eu insisto contra o seu pudor
"eu não quero te ver assim"
você não entende pois é assim que eu sou
...

conversa enquanto a noite cai

quarta-feira, novembro 03, 2004

das músicas que tocam de dentro pra fora

dizia uma música de minha infância "viver é afinar /um instrumento, / de dentro pra fora, / de fora pra dentro" . eu tenho certeza de que ainda faltam muitas cordas aqui dentro pra deixar no tom certo(e ainda em harmonia com as outras).

e das lembranças das músicas que saiam daqui de dentro vinham os "acordes redentores", que nada mais eram do que uma parte de vida que brotava do marasmo de toda música feita. porque toda música é uma vida vivida em poucos minutos. e toda vida tem seus momentos. vidas são tediosas. vidas são raivosas. e assim são as músicas.

fiz músicas como era a minha vida. um tédio recorrente e monótono cravejado ocasionalmente de "acordes redentores" e refrões grudentos. músicas que nada acrescentavam a ninguém, mas que tinham uma particularidade de diminuir de mim uma parcela do que eu vivia. de ser como uma piada interna feita em criptografia. de um retrato desfocado que focava alguma coisa em mim. e que de mim tirava e se fazia vida própria. um filho bastardo que de mim roubava coisas.

claro, é óbvio que essas músicas nunca fizeram sucesso. nem nunca fariam, afinal, a mim interessavam e apenas a mim faziam sentido. é óbvio também que ninguém se interessou por elas a não ser os poucos envolvidos no processo de feitura coletiva da mesma. oquei, não é tão óbvio assim, mas é previsivel. quem gosta de vida comum presta mais atenção na própria.

e não basta sentimento quando não se tem técnica, diria a auto-crítica. mas basta apenas o fragmento que se congela em sons para se ter uma curta vida em acordes, versos e refrões.

e por onde anda a esse lado para baixo?


"faltam portas em meu quarto
janelas abrem em descompasso
e eu sinto os seus braços
me levando pra nós dois

não quero mais ter o abrigo desse quarto
as janelas sempre abrem em descompasso
mas eu fico pra...
depois do sol

depois do sol, insiste em chover
mas eu não preciso de você

falta chão em meu caminho, mas eu sigo
falta teto em meu quarto
mas eu nem preciso de abrigo
deixa chover...

falta grama em meu jardim
falta um tropeço pro meu fim
eu não sou cego
mas não vejo o que está depois do sol

faltam sombras pros meus passos
falta espaço pr'eu abrir meus braços e voar pra longe
e se o tempo fechar...deixa chover...

e enquanto eu aguentar, eu vou esperar
até o sol voltar

e mesmo se eu não te ligar
eu vou, até onde você está"

depois do sol

segunda-feira, novembro 01, 2004

se eu não estou virando mulherzinha, tem alguma coisa aqui dentro que tá maquinando. matutando . e germinando.

não sei, mas ninguém sabe. é um tempo de mudanças.

enquanto isso fiquem com jesus fisgando peixes.

sexta-feira, outubro 29, 2004

um mu
- o começo
parte i


talvez devesse começar pelo meu nome, a única palavra que se não me explica ou qualifica, ao menos me identifica dentre os meus pares. E ainda assim, nem tanto. Pois como quase todo nome ele não é nem um pouco exclusivo. É até ordinário, o que terrivelmente - e ironicamente - acaba por me qualificar um pouco sim. Meu sobrenome vem de uma antiga linhagem de homens da qual eu não pertenço. posto que sobrenomes ainda assim são nomes e o meu, mais uma vez, é ordinário. Talvez então sejam meu nome e sobrenome apenas palavras supérfluas dessa autobiografia que teria que ao menos falar algo de mim. O que sei é que meu nome e sobrenome não me pertencem, assim como tantas outras coisas, e portanto não preciso menciona-los.

Talvez devesse começar pelo começo de tudo, da minha vida. Mas como começar assim se nem ao certo dá para estabelecer quando minha vida começou? Porque a ciência ainda não estabeleceu um consenso de quando a vida começa e não sou eu quem vai sugerir algo. A data de meu nascimento tampouco dirá algo pois é ela meramente figurativa. O eu de um dia antes de "nascer" era completa e absolutamente igual ao eu de um dia depois, trocando apenas o amparo do útero materno pelo amparo de panos secos num berço. A data exata nada diz de mim pois é uma data como todas as outras. Não fui o único a nascer nesse exato dia e hora, e nos anos anteriores e nos que virão, não serei eu o único a ter nascido. morte, guerra, impérios temporários, genocídios e cantores de roque podem dividir comigo essa data como de alguma importância - caso eu desse alguma. Nada diz de mim então. E isso se eu considerasse o dia em que fiquei fisicamente livre no mundo como o dia em que nasci. As pessoas só nascem anos depois do parto, isso é um fato.

Talvez devesse então começar a historia de minha vida falando da vida dos outros. sendo que é quase absurdo descrever uma pessoa falando de outras diversas dela, mas talvez disso se pode tirar alguma coisa. Então eu abro espaço aqui para falar dos meus pais, não digo por serem os mais importantes na formação do que sou. Também não digo que eles não o foram, mas como em toda e qualquer pessoa, são os pais - e aqui digo biológicos ou não - quem estabelecem o primeiro contato com o ser vivo que veio ao mundo. Meus pais então...

...Bem no começo do caminho de tentar me escrever encontro a minha primeira barreira. Se eu não consigo nem ao menos começar a ME descrever, como poderei então falar de outras pessoas tão diversas de mim, que infelizmente pouco conheço? Poderia dizer - quase que propositadamente a meu favor - que eles foram ou são bons pais. Mas isso diz tanto quanto nada, pois quase como é regra que bons pais geram bons filhos, eles igualmente geram pessoas horríveis. Isso é mais um fato. Mas se há algo importante que eu descobri de mim no meu relacionamento com meus pais foi que com eles que descobri a cisão e a frustração que tanto fazem parte de minha personalidade. E olhem que não digo isso negativamente. Qualquer aprendizado, por pior que seja, é um aprendizado. É paradoxal e certamente levemente imbecil, mas por mais negativo que seja, todo aprendizado é positivo.


quarta-feira, outubro 27, 2004

um mu

eu queria poder contar uma história que não fosse a minha. mesmo quando ela não é. infelizmente carrego em cada palavra uma verdade que pode não ser a minha, mas ainda assim é. uma vida que não é a minha, que ainda ainda assim também é. um mundo que não é o meu, mas vem de minha própria imagem e sou eu.

por isso toda e qualquer palavra é minha. seja saída da boca de quem for. e cada biografia é ao mesmo tempo minha autobiografia, ainda que não seja eu quem escreva e não seja a minha vida que esteja sendo contada. nada do que aparece aqui sou eu, mas sou eu.

um dia quero escrever sobre você.

segunda-feira, outubro 25, 2004

pior do que acordar com gosto de maçaneta de puteiro na boca, com a cabeça latejando e com seus orgãos internos quase desmanchados, pior do que todos esses efeitos comuns à minha ressaca, é acordar tendo CERTEZA de que alguma merda você fez.

apesar de não lembrar de nada, o sentimento de que eu fiz/falei alguma merda gigantesca é quase palpável, é quase visível. eu SEI que caguei. agora falta descobrir o que eu fiz.

a lembrança da festa é um miguelão mneumônico. em três atos: raphael bêbado na piscina sozinho - corta pra raphael nas brenhas de uma estrada de barro com uma amiga e um sanduíche na mão (?!) - corta para raphael acordando num campo de futebol, dolorido e com a boca cheia de grama.

o meio de campo é enrolado e tenho vagas lembranças depois que comecei a beber. "cuidado raphael, essas cachaças de alambique de interior tem cobre em níveis tóxicos". oquei, mesmo se tivesse me avisado ANTES eu tinha que testar. mas não é disso que eu morro.

e eu perdi meu relógio. onde? eu tenho que parar de beber ASSIM.

e bem, o punka talvez merecesse uma menção, mas eu não teria como falar. digamos que eu sou um ser humano mais feliz e completo depois de tanta sbagaçation e tanto roque duro. ah, e também depois de ceder de vez às tentações mil. satanás sabe o que faz. e eu rezo todo dia, papai do chão.

fim do momento diarinho, continuemos com o marasmo habitual.

sábado, outubro 23, 2004

existe um antigo ditado erisiano que diz:

"existem quatro tipos de mentira: a mentira, a mentira deslavada, a estatística e os antigos ditados erisianos"*

*(fnord)

sexta-feira, outubro 22, 2004

H A I L | E R I S

44 2 444 555 | 33 777 444 7777

8 2 3 6 | 6 3 3 1

1 | 4


5


(estou de volta)


segunda-feira, outubro 18, 2004

e então eu acho isso no blog do bruno:

"E, afinal, quem é que se dominava de verdade? Quem é que tinha a perfeita consciência de si, da solidão absoluta que significa nem sequer contar com a própria companhia, que significa ter de entrar num cinema ou num bordel, ou em casa de amigos ou numa profissão absorvente ou, ainda, no matrimônio para estar, pelo menos, só entre os demais?" (CORTÁZAR, Julio. O Jogo da Amarelinha)

- captaste?

pois bem, é desse tipo de solidão que se trata quando eu digo que sofro por estar só. porque eu mesmo me afastei ultimamente de mim. mas não, isso não é um texto olha-como-sou-profundo-por-ser-depressivo-e-coisa-e-tal-pou-tipo. é apenas daqueles momentos de constatação súbita, que se faz enquanto você está junto daqueles que mais se aproximam do seu eu e ainda assim você não os sente como próximos. como se eu estivesse com o rosto colado na tela, mas sabendo que a atriz linda e loira que mostra os peitos não se encontra ali, apesar de que a imagem de suas belas mamas brilham em rgb à centimetros de distância.

e eu eximo de culpa todo o mundo. mesmo porque eu que me tornei um misógino intrasigente. e eu não vejo uma maneira de explicar em português como eu estou. mas pra quem manja, digamos que eu não estou growing up, e sim growing old. coisinha de criatura velha e chata: intolerância e falta de senso de humor saudável. humor negro, sarcasmo, ironia e veneno virando cadeira na minha universidade. e não é querendo por o carro na frente dos bois, mas eu já imagino que minha progenia será a criatura mais amarga e sarcástica do mundo. tá, não é querendo me gabar também não...

ah, mas sei lá. são tantas as emoções. eu reparo que nunca consigo sair da superficialidade mesmo quando eu falo coisas que eu tou podendo. não adianta nada ser o PICAS se essa merda não se ANDA. eu prefiro falar, falar, falar, falar, falar...ah, escrever anda me tirando a essência das coisas ao invés de mostrar pelo menos um pouco delas. como se as palavras escritas roubassem um pouco do que é cada palavra pensada. como se a mediação nóia - ação - escrita estivesse já bichada no meio do processo. captaste?

então estou só.

ah, e quem disse que os escrotos não podem ser sensíveis?

segunda-feira, outubro 11, 2004

ainda exilado do mundo virtual. até dá um pouco de pena ver os meus refúgios online abandonados e largados ao léu. mas vai ser assim já que não tenho como atualizar essa bagaça. sem paciencia de enfentrar computadores públicos e sem a cara de pau de invadir casa de geral pra abusar. então pois bem, estou vivo e bulindo. e pelo jeito bulindo com fetiche demais pra uma noite só. e esquecendo, o que é pior. mas fica a história.

ah! e uma nota de esclarecimento pública mas interníssima: não foi um ataque pessoal, pela cabeça embalsamada de cristo. eu sou übber-cool demais pra picuinha e já passei da oitava série (e muito bem) pra dispender tempo, paciencia e artes manuais com vingancinha. foi a melhor piada da festa, modéstia a parte. e quem entendeu, riu comigo.

no mais, ainda sem computador OU SEJA não esperem muito disso aqui.

quarta-feira, setembro 29, 2004

cartas alcançavam o mundo mas não disseram nada. havia sido lançada a base de toda infelicidade do mundo em uma só remessa, lacrada e selada com o brasão da tristeza e fracasso. empacotada à força por mãos solitárias e sedentas por outros braços e costas. curvadas sobre costas solitárias e sedentas por outros braços e mãos. os olhos abriam em mundos solitários e fechavam abertos em terras hiperpovoadas. mãos, braços e costas. e olhos abriam de novo e de novo no clarão amargo de novos dias. todos os dias. mãos à pena, sem piedade. força pra baixo, pros lados, de dentro pra fora e cartas se faziam. e mundos se desdobravam todos os dias. de ois e de novas, boas, más. de adeuses-mundos-cruéis e de sinceros perdões. e insinceros também. tanto faz como tanto fez. os olhos manchavam o trabalho uma ou duas vezes, e a cada mão sozinha pela qual passava, mais uma marca era colocada de cisma, raiva e tantos outros sentimentos inomináveis. cartas eram lançadas ao mundo e não dirão nada por um bom tempo. lançavam os tijolos e a argamassa que ergueria toda a infelicidade do mundo em uma só remessa. é assim a vida de tantas mãos.

22/09/04

domingo, setembro 26, 2004

wishlist #23 (!!!)

eu queria um café da manhã agora com coux-coux e PEITAS FARTAS porque eu sinto minha fase oral voltando BERSERK/FRENZY e procurando ativar o TATO. cuz i'm getting so BLOODY (ah, with accent PELEESE) tired of just using my imagination. ah, eu quero muito mas como sempre NON MI ESFORZO e fico aqui pigarreando, coçando o saco e recitando a mesma ladainha o mesmo GRIMBLE GRUMBLE(, a gnome named).

eu queria criar um libelo
por um rock and roll mais alcoolatra e inconsequente e deixar de lado o CABEÇOIDISMO e o CHORORÔ (a.k.a. MENINOS) até que o céu nos consuma em fogo e LÚMEM. hail eris, o punka é DIA 23 ! mas porque CARALHO eu me espanto e anuncio se eu SEI QUE NINGUÉM VAI ENTENDER O PORQUE DO VINTEETRÊS. é como falar sozinho*. QUANDO eu vou encontrar ALGUÉM que POR DEUS me entenda?! céus, onde eu posso encontrar alguém que RESOLVA EM SUA MENTE AS MINHAS CHARADAS e dizer que hey, and i hope you like porn/ cuz if you wanna stick with me/ you better like porn the way i do. alguém que me DESAFIE intelectualmente. a ficha não precisa ter INTELIGENTSIA +5 (WITS, quem sabe) mas POR BAPHOMET** será que ecziste alguém a menos de 2000 kms (contei você, lila) que AO MENOS saiba DE QUAL chaos é esse que eu falo e AO MENOS entenda que entender não é tão necessário assim. por pã, ENTENDAM QUE ENTENDER NÃO É TÃO NECESSÁRIO ASSIM!!!1! mas isso tudo trás de volta ao coux-coux... e ao peitinho.

* pelo princípio universal e irrestrito da PIADA INTERNA não é EXACTAMENTE como falar sozinho. mas eu SEI que o círculo que entenderia essa piada não visita o meu blog. DISCORDIANOS, AQUI! EU TAMBÉM NÃO SOU UM DE VOCÊS!!!1! ah, esqueçam...é como tentar fazer uma piada de VAMPIRO e fazer com que alguém INTELIGENTE ria. e eu já escutei demais "raphael, você é doido!". im up to HERE. o/

**por isso que eu amo os católicos apostólicos e sua mito(e)l(e/o)gia, um homem com com cabeça DE BODE me TICKLES mais como El DIABLO TINHOSO do que como um simples deus pagão da fertilidade. mesmo porque, sabe-se mundialmente que nonesht o bode e sim o JEGUE o símbolo máximo da fertili...uhmm...fnord. *giggles*

eu queria ter tido mais tempo e menos dor-de-cabeça e menos ressaca. uma ou duas tampas de álcool etílico puro à menos. cinco ou vinte e três garrafas de cachaça a menos. ALGUNS QUILOS A MENOS(, me oiça LOTH). muitas coisas a menos, muitas coisas a mais... o simples tagaLeRar de sempre que não leva à lugar algum que eu não quisesse chegar antes. vão fazer meses que eu conto os meses,e parar de beber e fumar e comprar briga comigo mesmo não adiantou de nada de tão positivo assim a não ser SAÚDE. mas quem precisa de saúde? eu não estou doente.

todos os meus sonhos poderiam ser trocados por um absorvente usado, uma mariola mordida e quatro fichas telefônicas da TELERGIPE e DEUS ainda sairia perdendo. aliás, eu tou blasfemando deus demais por esses dias, acho que ele vai me pegar de GOMORRA (non, sodoma non, thanks). e tenho certeza que foi ELE que oxidou minha placa-mãe (volta logo, benhê).

bah, eu queria era estar em não-aqui.

quarta-feira, setembro 22, 2004

A AUSENCIA

tem motivo. também conhecido como PAU NO COMPUTADOR e diagnosticado como oxidação do slot e da placa de vídeo devido às intempéries agruriantes dos elementos que atacaram a minha humilde sala.

se bem conheço o meu computador (e a mim mesmo), ficarei ausente um tempinho. façam algo produtivo enquanto isso, amores. deixo vocês com um pensamento:
















terça-feira, setembro 14, 2004

fazendoinimigos





*jupiter's lament*




não saber onde está indo costuma ser a melhor forma de chegar em algum lugar q a gente nunca esteve antes :P




Raphael


não saber onde está indo costuma ser a melhor forma de se perder no meio do caminho

o pessimismo é uma forma de ILUMINAÇÃO.

e me CALHA ser pessimista. ser fatalista. ser BAIXO-ASTRAL.

e antes eu ainda me dava ao trabalho de replicar com um "não, eu sou realista". mas eu quero ser caoticista/discordiano/dadá quando eu crescer e acreditar em "realidade" de alguma maneira é quase como não crer em POSSIBILIDADES. escute, nada é. tudo pode ser. e quando pode, não pode ser também (fnord).

e "pensar positivo" não é pra mim. eu vivo uma REAL LIFE
aqui e não estou com vontade de criar mais um AVATAR. basta o silva.

ah, eu estou quase neurastêmico.





*jupiter's lament*


nem sempre o problema são os problemas

PALAVRA DA SALVAÇÃO. a minha, a sua, a nossa. as vezes os mói de pobréma só atravanca porque a gente quer. todo mundo pegando a borracha e apagando um ou dois pontos de força de vontade, hem.





*jupiter's lament*


isso eu tb acho q tô tentando aprender




*jupiter's lament*


a medida entre o respeito alheio e a auto-indulgência













Raphael


eu estou tentando aprender a medida entre o não-respeito alheio e a auto-comiseração

esse é O caminho. porque há pedras no meio do caminho que a gente insiste em caminhar. o mundo é nosso inimigo. viver é vencer uma batalha na guerra que a gente há de perder. não vou ser um cristãozinho aqui e crer que um dia essa pendenga toda há de ser recompensada. não vai. viver é se fuder e depois morrer.

a não ser que você tenha gana

opa, eu quis dizer GRANA.

domingo, setembro 12, 2004



...esquecendo a sexta-feira

o espanto que se faz quando se afirma "parei de beber" ou "parei com isso de dógras" quase sempre é seguido de um sentimento terno e da sensação e CONJECTURA de que estou pensando na vida e me tornando alguem MELHOR.


B. S.


já não basta acordar com todo o sofrimento do mundo E de ressaca. das dores emocionais e físicas. do coração e do fígado fodidos. não é porque quando você bebe você acaba esquecendo. não subjetivem demais, pensem menos. ainda sou o mesmo caco humano, um troncho por alma. menos envergado, é fato. mas ainda sofrendo de quase as mesmas coisas que sofria...uhmmm...semana passada?




sábado, setembro 04, 2004

Pequenas Teorias de um Aeronauta de Segunda Viagem.

levando-se em consideração que a minha primeira experiência num avião se deu na minha mais tenra infância, a viagem empreendida nessa sexta-feira seria uma tiração de cabaço de um pobre rapaz latino americano que por medo de avião que eu...uhmm...confundi as músicas.

bem, o tabaréu então, em momentos de mais pura reflexão filosófica, quando a cidade sumia sob um manto de nuvens (ui), chegou a conclusões expressionantes e inéditas:

não sei se devido ao fato da pressurização peculiar do avião, aliada à qualidade dos petiscos servidos gentilmente durante o vôo, mas a formação de gases dentro do seu intestino é impressionante e os mesmos PULULAM buscando a liberdade do ar compartilhado do cilindro claustrofóbico de metal. increible.

eu estou em fortaleza, não me procurem.

domingo, agosto 29, 2004

estreito.

já há três dias chovia quando ele abriu a porta e saiu andando, do jeito que estava. nem trancou as portas que protegeriam os poucos pertences que ele ali mantia, a televisão ligada, o telefone fora do gancho. apenas coisas. a chuva caindo em gotas gordas e gélidas, explodindo em seu rosto, em seus óculos, escorrendo pela barba por fazer, encharcando suas roupas e meias, invandindo pelos poros levando um gélido arrepio a tocar seus ossos. ele apenas saiu andando sob a chuva. os passos o guiavam na tarde cinzenta e apenas os passos dele se veriam pela rua caso um ou outro olhar procurasse por algo do lado de fora de cada mundinho particular. das janelas não se esperava nada pois as ruas que se mostravam ainda eram as mesmas e o dia que desabava líquido era o mesmo. nenhuma razão. mas isso pouco importava pois mesmo as janelas, portas, muros e coisas passavam ao largo do seu olhar, ele caminhava olhando para a frente. decidido, alguem diria. mas não é o caso.

o céu massacrava a terra e a enchia de som. aquele som assutador de chuva forte, impedindo-o de ouvir os proprios passos. e os próprios pensamentos. a roupa que ele iria trabalhar agora era uma segunda pele pesada e fria, uma ótima metáfora e caso ele parasse pra pensar nisso, certamente ele daria uma risada disfarçada. nem pensara em se desfazer do que atrasava os seus passos, não tinha pressa de chegar, apesar de andar rápido. e o céu envolvia-o úmido e morto. o ar pesava. por detrás das nuvens carregadas o sol caminhava pelo céu num arco, como se junto dele participasse de uma corrida. mas o sol não parava de seguir seu caminho, e ele já não mais conseguia perseguir o seu mergulho, caminhando cada vez mais devagar, os passos cada vez mais arrastados, o olhar cada vez com menos lume... e depois do sol já ter corrido por quase toda a abóbada, ele parou. o olhar ainda se mantinha fixo num ponto que talvez nem ele conhecesse. o corpo começava a falhar. deu alguns passos vacilantes e caiu por terra. o olhar ainda aberto para o mundo que se restringia num ponto distante enquanto a boca suspirava o resto de ar que ele guardara em si.

as pernas haviam andado muito, mas os olhos não tinham saído do lugar.

sexta-feira, agosto 27, 2004



Prodigy - "Always Outnumbered, Never Outgunned"


depois de dois anos sem lançar nenhum matérial inédito, o prodigy volta com um álbum que certamente nem é preciso ouvir muito pra notar a evolução dos trabalhos anteriores. desde baby's got a temper, de 2002, o grupo não andou bem das pernas, agora o prodigy voltou às origens, com liam howlett sozinho, despejando os macaquinhos clubbers Maxim y Keith Flint . o título não podia ser mais apropriado, o prodigy pode estar com MENAS pessoas, mas a munição pesada ainda tem muito pra botar pra foder com pancadas abusadas e sujeira em excesso.

a falta nem é sentida. aliás, é eficientemente preenchida por convidados de peso. até os irmãos gallagher dão o ar da (falta de) graça em "shoot down", que até é boa. além deles, até a atriz juliette lewis dá sua canja em "hot ride". os trejeitos rapeados do Maxim e a gritaria inaudível e ininteligível de Keith Flint não dão nem saudosismo.

destaque pro remix monstruoso de "love buzz", da obscura Shocking Blues ( imortalizada pelo Nirvana no bleach) e pro principal single "memphis bells". pra dançar de cara feia e com o crowd fervendo. uh!

ouça a bagaça aqui veja o site e um flashmovie de memphis bells aqui .

\o/ deus salve a vpro \o/


segunda-feira, agosto 23, 2004

os devidos agradecimentos,

bem, depois de quase um mês em terras extrangeiras, retornarei ao berço. pelo menos saio com umas certezas e com muita saudade na bagagem. ah! e revistinhas também.

vou sentir falta da rotina louca que me impus e das pessoas agora tão mais queridas. obrigado à todos por tornar os previstos 6 dias em 3 semanas maravilhosas.

mas bem, agora A-C-A-B-O-U.

obrigados especiais,

primeiro de tudo, à alejandro e felipe, que me deixaram bagunçar a casa e a vida deles por esses dias e nem ao menos reclamaram. e ainda me deram muitos momentos de alegria e me ajudaram com minhas novas resoluções, apesar de nem saberem disso.
catarina, por toda a atenção especial e pela dedicação da minha irmã gêmia. valeu pelo conjunto da obra. vou sentir muita saudade de te ter por perto quase diariamente. com sono. com espirro. com resmungo. mas nos vemos em breve, pra que guardar saudade?
patrícia, pelo saco e também por ter alterado a sua rotina pra me acolher. valeu por ter me salvo num momento de desespero cristão e NÃO A DESCULPAREI por rumba. ah! e agora nosso amor está consolidado...da próxima vez não passa!
bel
, que apesar de ter conhecido nesses ultimos dias, foi uma companheira de bombação expressionante. e bem, foi a que me mostrou a dança do acasalamento e pode proporcionar que eu visse um viado de coelhinho. bolinho.
talhú, por ter também saído da rotina e até faltado compromissos (bonito, ein?) pra poder ser a companhia maravilhosa que é. infelizmente cheguei numa má hora, mas HEMOS de nos ver menos atarefados e então, vai ser muito bom.
fabs e fernando, pela companhia e pelos risos nesses dias. e fernando, valeu por ter me deixado participar do seu trabalho! =P
nat, que me boicotou loucamente, mas bem... valeu mesmo assim pela companhia-relâmpago.

aos outros: nina, mariana, leila, thiago, hiper card, e tantos outros. valeu pelo LAZER.
bem, foi um agradecimento rápido e não expressa nem um quinto da gratidão. mas eu tenho um ônibus pra pegar.

BOLINHO.

quinta-feira, agosto 19, 2004



raphael e o espírito olímpico



depois de ver a repercussão negativa de uma tira sobre as olimpíadas no blog do allan sieber e de eu mesmo já ter tido minha pá de experiência com pessoas IMBUIDAS do tal espírito olímpico resolvi dar meus humildes pitacos sobre o evento. afinal, não dá pra ignorar coisa desse porte (minto: dá, mas nos iludamos).

não importa qual competição esportiva seja: olimpíadas, copa do mundo,
u.s. open de tênis, campeonato interplanetar de lacrosse. se houve UM brasileiro que seja (mesmo que seja defendendo outra nação) sempre haverá um galvão bueno em cada um dos verdadeiros brasileiros (brasil, ame-ou ou deixe-o virou moda de novo) a vibrar e a tecer dados, estatístcas e comentários abalizadissíssimos sobre qualquer que seja a modalidade na qual o pobre maldito SUE.

eu me impressiono com a capacidade CATÁRTICA do povo brasileiro ao torcer por um esporte que em qualquer outra situação seria completamente ignorado. uma dona de casa ora pacata e que diria que o filho é um vagabundo porque vive jogando bola vira
all of a sudden numa fervorosa hooligan de beira de estrada. o analfabeto funcional (87% dos brasileiros, segundo o IBGE) que mal sabe qual a forma geométrica de um tablado de grd que sabe todos os duplostwistscarpados da daiane e vibra como se a vibração de suas cordas vocais fossem chegar em atenas. ou mesmo qualquer brasileiro médio que torce pra classe laser, phaser, photon ou seja lá qual for do iatismo sem entender ao menos o que é que se está competindo (pra mim, é um monte de barco na água se batendo numas boias).

isso sem contar a clásse média letrada e líder desse país, que por causa de uma simples charge culpa aqueles que como eu estão CAGANDO y ANDANDO para qualquer manifestação falsa e monetária em nome de um tal de "espírito olímpico". como já disse milhões de vezes: é tudo tão falso quanto a buceta de Roberta Close.

(mas tem gente que come)

as olimpiadas não são nada mais do que uma oportunidade única (pelo menos a cada quatro anos) de se ganhar dinheiro. companhias aéreas, conglomerados da mídia, indústria de remédios (o dopping hoje em dia é regra), publicitários e os grandes astros do esporte, que estão CAGANDO y ANDANDO para a glória do seu país, contanto que seu CUZINHO se encha de BUFUNFA.

só quem não ganha dinheiro é o brasileiro burro e babaca (desculpem pelo pleonasmo) que acha que o patri(di)otismo se mede pela quantidade de decibéis que ele consegue produzir ao vibrar pelo brasileiro que está ganindo como um porco e levando um fumo em _________________ (inserir qualquer competição aqui).

ano que vem todos os atletas brasileiros estarão desempregados e dando o cu por patrocínio. a não ser alguns que darão por esporte mesmo.

espírito olímpico? chamem os ghostbusters.




quarta-feira, agosto 18, 2004

é estranho e difícil tentar se sentir confortável num lugar que não te pertence e que de alguma forma é quase hostil ao seu modo de vida.

mas o processo de adaptação parece que funciona em mim de maneira diferente, porque se não estou adaptado a essa terra estranha, ao menos não me sinto mais tão deslocado como antes.

mas agora o BANZO começa a bater mais forte. apenas saudades e prospectos de saudades. a falta que faz as pessoas que são parte de minha vida rotineira cada vez toma conta do que antes era ora tédio ora espera aqui. e já de antemão sinto falta das pessoas que aqui são parte de mim, falta dos sorrisos largos, dos momentos de rotina, dos olhos, das vozes... é estranho quando você consegue numa leitura saber COMO a pessoa te fala as coisas. as nuances da voz, o sotaque, o jeito chiado e corrido de te contar um mundo.

então é de saudade que tudo é feito. e os tantos passos que separam essas pessoas deste que vos fala são apenas o caminho que eu tenho que percorrer para às vezes ficar feliz...

sexta-feira, agosto 13, 2004

dos sons que ninguém nunca ouviu

o silva é hoje uma mistura que se encerra num recipiente sem forma. um amálgama de elementos imiscíveis e ao mesmo tempo solúveis entre si. um ambiente instável cerceado pela estabilidade da fragilidade que se diz humana. isso é o que se apreende de uma pequena e rápida observação.

como o silva não conhece a olga tete-a-tete, não adianta de nada conjecturar coisas e mais coisas que na verdade são ilusões vãs e tão rápidas e tão vagas e tão vãs que ah...o que é que ele quer mesmo? obrigado, querida. sentar no colo. tapas. beijos. isso o silva não tem. e nem sabe se quer. ele não sabe se assim ele acorda.

então vejam o outro que se encerra em silva. sem seus vícios sobra muito? ah, sobra tudo o que já existia antes. mas desprovido de uma metade que se foi. se desnaturou. os encaixes não mais se encaixam. as chaves já não abrem mais portas, talvez fechem. a metade não vem ao caso quando já não é mais metade, invoca o silva em sua sabedoria.

então entendamos qual o tratado sobre o tédio no qual o silva talvez se debruçaria: o tédio é o espaço que falta entre o nada e a prática. é o vazio que se encaixa e toma o espaço de algo que já não mais vinga. um terreno infértil e morto. o tédio é um lugar. é uma medida de distância. o tédio é morto que vive entre as feridas e as pústulas que se abrem vermífugas sobre o chão de nossas vidas. e de nada adianta o ocultismo recém adquirido, de nada adianta saber os nomes. "o poder está no nome das coisas" qualque um saberia, mas o nome das coisas foi por demais esquecido. por demais escondido. tudo não tem mais o nome que lhe convém.

então é de tédio e de vida que o silva é feito. não que o tédio seja algo diferente da vida, ou que a vida exista sem o tédio. mas é como que se de si mesmo, as coisas se desprendessem e se mostrassem separadas, mesmo elas não sendo. tudo é uma coisa só, mas dá muito bem para o silva sentir cada gosto separado. amido. carboidrato. proteína. açucar. veneno.

então é tempo de dar um tempo. é tempo de pedir um tempo. e é tempo de seguir em frente. tempo. tempo. tempo. não mais que isso prolonga e estica a face que se mostra inerte às vicissitudes. a borracha por demais esticada. o barro seco e duro. a tinta que não mais deixa sua marca nos incautos. o tempo tem força e não é pouca, ao contrário...

silva tem um pote cheio de confusão e a mão seca e grande que busca no fundo do pote suas armas. remexe, remexe, cata uma confusão e pôe em cima da cabeça como uma coroa a dizer que ele domina e exerce poder sobre nada além do que confusão. e como rei supremo de suas próprias armadilhas, ele se deixa cair apenas nas que considera. porque é do silva armar contra si próprio. contanto que ele não consiga sair da armadilha sozinho, porque como um bom inapto ele se esquece que sua força é ainda menor do que aparenta. ah, o silva...

os pensamentos, como uma árvore que cai no meio da floresta, sem espectadores não existem.






ok, sexta-feira 13 em agosto?
ALGUMA coisa tem que dar errado


ou não.

"don't you know it's bad luck
to be superstitious?

but nothing else is working

and my head is really hurting

and im sick of all this worrying

'bout things i can't control
"

- blanche, "supertition"





quinta-feira, agosto 12, 2004

lila, meu amor

eu fui um bom menino hoje, veja querida o que eu trouxe pra casa:





- mini-série completa da Hellblazer Especial "A Horrorista" com o John Constantine. sem mais.

E MAIS!





- o encadernado "Hellboy, A Mão Direita da Perdição". custa o olho do CU, mas eu dei SORRINDO.




- a mini-série encadernada "Wolverine Netsuke", um DELHÍRIO pros olhos., com arte PINTADA. afudê.

ou MMMASSA.

e pra fechar nos CUARENTA CONTOS os quebrados foram na compra de uma RAGÚ, revista de humor/quadrinhos/cartuns autorais, premiada no brasil inteiro e produzida aqui em pernambuco. referências aqui e aqui.

enfim, ash veish eu sou um garotinho feliz.

*soupir*

obs.: clique nas capas pra ampliar

quarta-feira, agosto 11, 2004

fiquem bestas


clique na capa pra ampliar


- hellblazer #2, com uma história completa do John Constantine
- hellblazer #9 ano 2, e mais Os Livros da Magia
- uma série "Brigada dos Encapotados" (duas edições) com mais Constantine
- e uma edição especial Excalibur & X-Babies de jan/94, com uma história completa roteirizada pelo monstro Chris Claremont.



não ficaram? então vocês não sabem de NADA.

e tudo por DEZOITO dinheiros. só deixei sobrar o dinheiro da PASSAGI.

e amanhã as engrenagens do mundo capitalista vão girar mais rápido mais uma vez e com sorte eu trago o livro do Hellboy e Preto no Branco .

agora ficaram?

terça-feira, agosto 10, 2004

notas de um paralizado

- há mais de uma semana fora de casa eu noto o quanto eu não me atenho a um "lar". claro que sinto falta de minha cama (o incrível sofá-cama não me deixa esquecer), dos meus cds (tinha xié? tinha aymoré?), dos zilhões de canais de televisão (que apesar de não assistir, é bom saber que estão lá) e até mesmo dos meus pais e do meu irmão. sinto falta de tudo. mas eu não me sinto enraizado lá. como não me sinto enraizado aqui. como não me sinto enraizado em lugar algum. tempo...

- cada dia que fico em recife me dá mais provas do quanto minha cidade é boa, putaqueopariu. adoro morar lá (alguém jamais pensou que eu fosse dizer isso algum dia?).

- eu amo as garotas de olinda.

- tifóide, seis horas é tarde onde? dez horas voltar pra casa? e "legal" não é boa coisa.

- as coisas mundanas e rotineiras podem ser mais divertidas do que muita coisa. e talvez eu não precise de nada mais do que estar com as pessoas certas para ver isso. eu vejo que não preciso de muita coisa que eu achava necessário. e não é a água, não é o ar. e eu sei o que é.


eu não preciso de muito.


quinta-feira, agosto 05, 2004

o silva é diferente do raphael na medida que o silva é tão ou mais igual a ele do que ele mesmo.
mas é esse o problema dos avatares, eles se confundem com o que existe e com o que não existe apenas para confundir. ainda mais se o avatar é discordiano, então ele se confunde porque dentro da confusão ele encontra maneiras de confundir ainda mais o que existe e o que não existe apenas para [fnord].

mas o silva não é melhor apesar de ser o silva igual. esse é outro problema dos avatares que não são personagens. o silva tem os mesmos pontos de willpower. a ficha é a mesma, mas ainda assim não bate. talvez porque um faz sexo casual enquanto o outro só faça sexo acasoal. talvez por um ser um true discordian enquanto o outro deriva e apenas confunde. menos punch, menos frilin.

ah, existe todo o tom de farsa que envolvem nossos personagans principais. então relevem.

talvez o caso resolve-se com um com um take over #vida. mas todos sabem desde o lulu, que levar pra cama pode acabar sendo fatal.

aqui é a vida real.

sexta-feira, julho 30, 2004

porque você vai?. eu queria sumir. você está fugindo. você acertou, estou fugindo. então, você some e depois volta, de que adianta? de nada, eu sei. então para que você vai? porque eu queria sumir. tá, então fuja.

melhor deixar pra lá.

vai ser melhor. mas você vai voltar. é. e tudo vai voltar a ser como antes. é. então não adianta de nada. é.

não adianta de nada.

100 Razões Para Se Encher a Cara Quando se Está Deprimido

#37
quando nada que você fizer vai adiantar de nada
caso você beba, pelo menos você vai ficar bêbado

quinta-feira, julho 29, 2004

DIÁLOGOS POSSÍVEIS IV

- estou me sentindo tão bem, preciso urgente tomar algo pra voltar a ficar mal!
- eu também! que merda é essa?! só me falta a gente deixa de ser infeliz!


quarta-feira, julho 28, 2004

Pérolas da Sabedoria Popular

¨Se conselho fosse bom vendia na Select que nem cachaça!¨
(Raphael Silva)
 

¨Se cachaça resolvesse, todo mundo tava plantando cana no quintal...¨
(João Heleno)

 


terça-feira, julho 27, 2004

Raphael e o Mercado

acordei cedo, preparei-me psicologicamente e então no horário previsto me arrumei para o que seria a minha primeira entrevista pra um empre...err..estágio.

iria ser fácil, afinal conheço o gerente regional da empresa há anos e além de que papai e mamãe são amicíssimos da gerente de marketing e da gerente de recursos humanos da empresa. "fichinha, nem vai dar pra suar", pensei. mas mesmo assim, me arrumei de maneira mais cuidadosa, mas nem tanto porque eu não vou abrir tanto meu cuzinho pros porcos capitalistas do mercado. yo tengo atitude, bro.

e foi como previsto, uma conversa fácil e leve, relembrando coisas, conversando frivolidades e tomando um cafezinho antes, depois e durante a conversa. depois de contar o meu incrível passado profissional e de desfiar todo o meu impressionível conhecimento em políticas públicas, assessoria de imprensa, ética em psicologia e legislação do trabalho, conversamos sobre "encaixes", "capacitaçõs" e outras coisas. tudo num contexto nada sexual. enfim, encantei com todo o meu charme e SAGACIDADE os entrevistadores e fiquei quase 2 horas conversando com eles...





...pra nada. no estágio for you.
voltei andando e me dando boas vindas ao mercado de trabalho..

segunda-feira, julho 26, 2004

100 Razões Para Se Encher a Cara Quando se Está Deprimido

#68
quando você está deprimido você enche o saco de todo mundo, inclusive o seu.
quando você está bêbado, você só enche o saco dos outros.

domingo, julho 25, 2004

ô silva, quando voltar da idade da pedra, traz um suvenir!

o silva brinca que entende das coisas, mas é CLARO que ele não entende. vê-se pelo método que ele se aplica com afinco, disciplinado, você diria, mas não. falta feeling. isso ele não tem, as coisas vem e o silva problematiza, paradigmatiza. claro, não é sempre. mas acontece.

o silva é novinho, o bichinho. pobre coitado, não sabe o que é a vida. tadinho, desconhece que além das coisas vãs e não tão sublimes que ele vê e entende, existem mundos e mais mundos que se descortinam lindos e passargádicos para os mais sapientes.

mas o silva tem póbremas e mais póbremas e o silva se afoga e se afunda e chafurda no lodo deles. ah, o silva. ele não escuta conselhos porque o lobo respensável em seu cérebro por escutar conselhos foi mal formado. ele também não dá, porque conselhos na melhor da hipóteses são aporrinhações (ele entende assim, pelo menos).

silva abre os olhos e vê que ele está ficando sozinho nessa. vai silva, continua desse jeito campeão.

silva vai achar um alter-ego. ou um avatar.

quarta-feira, julho 21, 2004


o velho antistenes, camarada sangue bom


eu não acho o meu cinismo um defeito, é uma das minhas maiores qualidades.
(e o mundo é que está errado, meu caro)


terça-feira, julho 20, 2004



momento ácido

feliz dia do amigo pra mim que passou o dia inteiro doente na cama sozinho. no phone calls. no visits. eu sou ingrato mesmo, e não sou bonzinho. vocês precisam me amar e não me abandonar. buá, buá, buá.

mas como diria a nossa bondosa madre teresa de calcutá, "quem tá no roque é pra se fuder", e essa minha rotina punk de quase-sexo, dógras e roque duro tá botando no cuzinho. uh, lelê.

ainda tem mais ácido no meu estoque, mas deixa eu tentar treinar minha capacidade de deglutir com 25 milímetros de abertura na garganta.


ainda tem muuuito veneno.





sábado, julho 17, 2004

O Processo de Transmigração da Mente
 
De vários fenômenos físicos e dia-físicos (ou metafísicos, numa nomenclatura do senso comum), a transmigração da mente é um dos menos estudados e mais complexos e intrigantes do escopo das ciências da natureza.
 
Evidentemente que o seu estudo fica por vezes limitado ao olhar leigo ou de estudiosos menos criteriosos quanto à especificidade de seus objetos de estudo, isso se deve certamente ao fato de que a  ciência moderna ainda está presa aos  critérios epistemológicos colocados desde o estabelecimento dos paradigmas newtonianos e - antes até! - cartesianos. Claro que nova luz foi colocada sobre esse aspecto desde o lançamento de "A Nova Aliança" do químico russo Illya Prigogine e a filósofa francesa Isabelle Stanger, onde ambos desmontam o modelo da ciência moderna, colocando a ciência sob novos objetivos e visando a crianção de novos paradigmas. A Transmigração da Mente deveria ser estudado apenas dentro da Ciência caso revisássemos o que é Ciência e o que podemos ou não estudar.
 
O Processo
 
O Processo de Transmigração da Mente, per se, não passa de um fenômeno no qual  o self,  ou a mente consciente de um indivíduo transporta-se para fora de um conceito de unitariedade individual, ou para o externo.  Seria, à grosso modo, uma idéia de "self  na alteridade". Visto pelos leigos esse fenômeno recebe muitos nomes, sendo o menos inviável o de "viagem da mente".
 
O Processo se dá por mecanismos ainda desconhecidos pela moderna neurologia mas basicamente  ocorre em estados alterados de consciência ou em situações ambientais propícias. Basicamente, a pessoa cuja mente transmiga sente seu foco atencional  distanciado e dirigindo uma existência separada de seu corpo. Não necessariamente uma experiência boa, mas não é prejudicial ao indivíduo.
 
A transmigração da mente  é um processo reversível na grande maioria dos casos, mas empiricamente há registros de transmigrações não-reversíveis por completo, conhecidos vulgarmente  por "viagem sem volta". Nos casos de transmigração por uso de substância psico-ativas, chama-se de "lombra", "trip", "doidera", "avuação" dentre outros nomes.
 
O uso terapêutico desse fenômeno é algo a se esperar muito, servindo como um auxílio no caso de indivíduos vivendo em ambientes  estressantes. A diátese-estresse é um fator anulador da transmigração, mas pode-se controlar temporariamente as condições mentais para um uso efetivo do processo como técnica, para as pessoas capazes disso. 
  


sexta-feira, julho 16, 2004


você não entendeu. desista.


estou de volta, quer dizer mais ou menos.

juro manter a irregularidade de sempre e manter vocês sempre bem desinformados sobre todos os assuntos que não estão acontecendo na minha vida.



então vamos ao expediente regular desse blog: as reclamações.

eu tenho que dizer mais uma vez que eu odeio pessoas que não sabem usar um computador? caso um dia eu elabore mais a minha teoria de que a internet deveria ser elitizada e passível de uso apenas mediante treinamento prévio eu desfiarei belamente aqui nesse espaço.. estágio no mirc não é cogitado como pre-requisito, apenas de exclusão. "EI EU SEI USAR CAPS LOCK" é certeza de exclusão. e "OLHE COMO EU ENFATIZO AS COISAS COM MILHÔES DE EXCLAMAÇÕES E CAPS LOCK TUDO JUNTO!!!!!!!!!!!!" é pena capital. trollnet users should be banned to aol-im.

eu provavelment odeio 90% de todos os usuários da internet. apenas não tenho tempo nem saco de dizer pessoalmente. fica aqui o meu

EU (PROVAVELMENTE) TE ODEIO!

eu quero que alguém me explique o que aconteceu com o mundo enquanto eu estive fora do ar consumindo lícitos e ilícitos e gastando meu tempo dando tempo pra que o tempo de ir embora chegasse. anyways, esqueça. i'll figure it out.



eu só preciso dum cachorro. ou um bode?

juro que voltei menos ácido do que parece. agora de volta à programação normal: o limbo.

quarta-feira, julho 14, 2004

o dono desse blog está sem computador e sem acesso facilitado à internet.

grato pela atenção e compreensão.

o dono.

terça-feira, junho 29, 2004


ananás! ananás! ananás!


eu não sou chegado em macumbas e/ou popularismos. de mascar ervas, tomar banhos santos e comer ou beber mato eu não entendo, e nem sou um adepto. tá, talvez uma coisa natural ou outra, mas isso não vem ao caso. o caso é que. eu tomei um LAMBEDOR* de mel e abacaxi. ou comi, sei lá.

qual a moral que eu posso ter ao dizer que estou tratando essa tuberculose ou seja lá o que for com um LAMBEDOR? eu sou muito mais dizer que tou me entupindo compulsivamente de pirilamina, efedrina, ácido acetilsalicílico, ácido ascórbico, clorfeniramina, paracetamol, fenilpropanolamina, fenilefrina, fenitoxolamina, carbinoxamina e todas essas aminas malucas que de alguma maneira diminua a incrível produção semi-industrial de GÔGO que assola os meus brônquios.

i call it hipocondria chic


é gripe?