quinta-feira, fevereiro 27, 2003

Um blog completo, prontinho, espera por seu dono...

Realmente. O mundo dos blogs é um mundo estranho.
Você compraria um blog por (lance mínimo no leilão da Mercado Livre) R$210,00?
Na verdade, você compraria um blog zerado, só o template e a lista de links, mas o prazer de ser reconhecido como o maior idiota da Blogosphere (dá-lhe Blogger.com) por essa bagatela?
Olha, tem coisa que o dinheiro compra. Mas comprar má-reputação por 210 reais é foda...

Quer entrar para o mundo dos blogs
de maneira inesquecível?
Um blog
0km está sendo leiloado!
clique na imagem para saber mais


Um blog completo, prontinho, espera pelo seu dono

clique no link para ver o "Não Discuto"
http://www.naodiscuto.blogger.com.br/

Adicionei um link, pro blog de Aline (que eu aliás ajudei a construir) e mudei o endereço dos blogs que tavam antigos.
Tou muito ocupado com a universidade, mas me esperem.

quarta-feira, fevereiro 19, 2003

E as duas musiquinhas mais tocadas no dial da minha FM são do Snow Patrol.

-Batten Down The Hatch

god only knows
what brian wilson meant


-on/off

nobody's perfect, thats what I say
no one has hurt me so much, you say
I'm Sorry

quinta-feira, fevereiro 13, 2003

"A consciência é um ser para o qual em seu ser se trata de seu ser enquanto esse ser implica um outro ser que não é ele"

Eu fico tentando digerir Sartre pela madrugada e ver se consigo parir alguma coisa na prova de amanhã.
Vai ser difícil dormir...
Vai ser difícil dormir...

Quatro fantasmas andam assombrando minha mente essa noite. E eles têm nome:
Edmund Husserl, Martin Heidegger, Jean-Paul Sartre e Carl Rogers.
Se já não estivessem mortos

segunda-feira, fevereiro 10, 2003

Mais uma pro inventário

Kannibal: Eu podia resumir tudo com "Lixo do Tequila", mas não ia ser suficiente. E além do mais, eu já usei essa frase antes. Pois bem, estava eu com Mariana e Aline conversando potocas na 13 de Julho, quando ouvimos que ia ter show da Kannibal por lá, demos antes uma passada na casa de Márcio (lá pertinho) para pegar ele e irmos juntos. Chegando lá, já começou o tormento. Oasis, com "Wonderwall". Depois disso, só combos (é claro, devidamente anotados num papelzinho para eu não esquecer depois):
1.The Calling - "Wherever I will go" (viadinhos loirinhos sem graça, nojentos pra caralho, SANGUE!
2.Creed - "My Sacrifice" (a melhor frase pra descrever eles acho que foi do Scott Weiland - "Nem Jesus Cristo gosta deles")
3.Nickelback - "How You Remind me" (Nojo. Caras feios tocando pop chato, feio e idiota)
4.Bon Jovi - "Everyday" (Um fóssil vivo dos anos 80 na sua pior forma)
5.Red Hot Chilli Peppers - "By The Way" (A pior fase do RHCP)
6.Linkin Park - Foram duas músicas que eu não sei, nem ninguem que eu conheço sabe. Mas mesmo assim, é ruim.
7.Red Hot Chilli Peppers - "All Around the World" (A pior fase do RHCP de novo)
8.Limp Bizkit - "Take a Look Around" (Com direito a "Take a look around, motherfuckers!", Limp Bizkité um bando de posers metidos a thugs. idiotas)

Pois bem, os caras faziam essas covers perfeitinhas, nem se davam ao respeito de fazer uma versão. Kannibal é um lixo do tequila. Mas o peor era que tinham fãs deles lá. Sei não, gosto é uma coisa estranha pra caralho...

(Agradeço a Márcio e a Felipe por me dizerem os nomes das músicas)

domingo, fevereiro 09, 2003

Inventário das bandas sergipanas que eu conheço.

Eu pensei muito em escrever esse post. Há um tempo que eu queria resgatar uma porção de bandas daqui que eu assisti os shows e gostei e odiei e aquelas bandas daqui, que eu ouvi na radio, passei perto dum show, ou vi alguém escutando. Mas tem uma certa mania recorrente de certos “artistas” sergipanos de não gostas de crítica negativa. É assim, procuram nome no google ou ouve falar de alguém sobre um site/email/blog/etc e logo se sentem doídos. Quer sabe de uma? Que se foda se esse post gerar polêmica. Querem polemizar? Meu email tá aí do lado.( A ordem não tem importância)

Arcano 9: Porque eu ainda toco nesse assunto? Porque eu insisto em comentar essa banda? Porque eu fico gastando meu tempo? Não é nada disso. Apenas estou escrevendo sobre todas as bandas que eu lembrar e fazer um pequeno inventário delas. Pois sobre a banda....Bem, eu não gosto dessa banda. Não mesmo. Ela é ruim em tudo que uma banda pode ser. Na atitude, na atmosfera, nas músicas. E isso é foda. Pior é que a modéstia não faz parte do repertório deles. Cuidado ao gritar “Oasis” num show deles...Eles podem cantar mesmo! E mais de uma se você continuar...

Amnésia: Antes de ser esquecida, vou eterniza-la aqui. Tá, eu sei que a piada foi horrível. Pois bem, uma banda que tinha até uma prepotência saudável, era uma banda cover de Radiohead. Ousadia? Sim, mas com competência. Tirando o cara dos vocais, que não conseguia ser Thom Yorke (que pena =\) o instrumental chegava bem perto das musicas originais, e o show (acho que o único, já que antes do segundo a banda acabou) foi empolgante. Com momentos isqueirinho e as porras...Depois eu acabei ensaiando numa banda com remanescentes da Amnésia que era cover de Pink Floyd. Esses caras não pensam baixo...

Alex Santanna **: Desde a época que esse figura fazia dupla com Perla que eu acompanho ele. Um som suingado e bem dançante é a marca dele. Apesar da dose boa de estrelismo que transparece nele, os shows dele sempre foram shows divertidos, até mesmo na época de Perla ainda, me lembro como hoje de um show no Yazigi em que eles dois e a banda trocaram todos de instrumento e fizeram um som juntos. É um show pra se divertir e dançar.

Boneco de Posto: Uma das coisas mais bizarras que eu já presenciei em toda a minha vida. “Boneco de posto doidão/ ele nasceu chapadão” Isso é o grande “sucesso” deles. Todas as musicas se parecem, dois ou três acordes num arranjo mais débil do que a pior música dos Ramones. E dois “manos” mandando ver no “emeceeing”. Eu só não digo que é coisa de retardado porque eu ri pra caralho.

Belle & Sebastian: É! Pode parecer esdrúxulo, mas eles são sergipanos. Nascidos no 18 do Forte e tal...Bah! Tá bom, é mentira...

Calcinha Preta *: Sou atormentado todos os dias pela manhã ora com bandas de forró, ora com rádios religiosas. Ambas causam me nojo e repudio. Prefiro não destilar ódio e desprezo em mais nenhuma linha por coisas desse tipo.

Cartel de Bali: A antiga Banda Java, não merece comentários. Nojo.

Chiko Queiroga e Antônio Rogério: E pensar que eu já tive um show deles na minha escola...Os maiores artistas sergipanos na época...E até hoje talvez, quem sabe. Eles são bons, tem músicas legais, mas ficam presos aos “sucessos” do passado. E isso enche o meu saquinho enrugado.

Eloqüentes: Uma banda legal, começou com um jeitão de mais uma Beatles-Cover e pouco a pouco foi ganhando o seu espaço com suas músicas próprias. Quase vejo o show de lançamento da demo deles...Mas pagar cinco pilas já era... Apesar de achar “Uma Carta pra Tarcila” um popzinho safado do caralho, não dá pra negar, essa música está impregnada no meu córtex cerebral. “um minuto sem te ver/ e eu começo a escrever/ uma carta pra você/ler e crer que eu amo vocêêêêêêê”

Escamboada: Se eu disser que eu lembro do show dos caras eu vou estar mentindo.

Fluster: Eu tenho que dividir ela em duas fases. Na primeira, a que tinha Babalu, Cacetinho e Vinícius era um punk-rock de colegial bem direto e rápido. Faziam um show empolgante, apesar dos rompantes tresloucados e do excesso de “punkismo” deles. Hoje, não conheço mais nenhum integrante, e eles fazem um...err... emo? Eu não sei. No único show da nova formação eu estava mais preocupado com uma pizza do que com o show propriamente, mas me lembro que não tinha sido mais tão empolgante. Talvez por eu não ser tão fã de emo.

Grupo Órion: um grupo de música gospel já não se podia esperar muito....Mas os caras são meus vizinhos, e apesar de eu não conhecer eles direito eu já roubei muita amora do pé deles quando guri, e conheço as histórias bizarras todas. Mas será que devo postar aqui? Acho melhor não que pode rolar processo, mas bem, dizer que são adventistas fervorosos ajuda?

Karne Krua: apesar de quase todo mundo que eu conheço gostar, eu não gosto. Ponto final. Não é nada pessoal, mas algo do estilo. Não gosto do estilo que eles tocam, e por conseguinte não teria nada pra gostar deles. O ultimo show passei comendo pizza e cochilando numa mesinha. Mas tem gente que curte, né?

Lilly Junkie: Manguem de mim! Eu gosto do show das meninas! Pô, é rosinha, é sujinho, é bonitinho, e é legal. Divertido, interessante, rápido e direto. As meninas mandam bem, e apesar de achar punk rock meio bobinho, assumo que gostei do show delas no Punka 2002. E até conheço uma delas...Poxa, tá parecendo que eu só falo de bandas que eu conheço? Eu não conheço gente de todas elas não, viu?

Merda de Mendigo: É...Eles são rápidos demais, escrotos demais, barulhentos demais e tocam pouco demais. Mas foi bonito ver eles tocando no festival de alunos do colégio Águia. Foi lindo ver o rosto das mãezinhas grã-finas assustadas, dos playboyzinhos boquiabertos e das patricinhas com nojo. Além de meus pais, aterrorizados.

Mensagem Negra **: Eu odeio Rap. E odeio a atitude desse manos que se acham subversivos copiando, ou melhor, macaqueando o rap norte-americano na vestimenta, no jeito de se mexer, na postura imbecil, nos urros, etc. Rap é coisa de imbecil alienado. E tenho dito!

MacFly: Lixo do Tequila.

Maria Escombona: Os caras estão crescendo, e com razão. Tem um show muito bom, e apesar de eu ter dormido o show deles todinhos (culpa do cansaço), é um show muito dançante. Já tem os hits consagrados deles, como as versões de “20 meninas” e “A velha debaixo da cama”. Agora tão com guitarrista novo, mas ainda mantem uma ótima presença de palco. Apesar do cantor ser meio lesado...

Maria Suco de Uva: Mais uma banda de amiguinhos. Dessa vez, todos da banda. Mas vamos à crítica: Puta merda, vão fazer um show tarde assim na casa do caralho! Eu gostei muito da banda. Músicas históricas, como a já crássica que diz “eu sou roqueiro, mas sou suingueiro”. Detalhe para a presença de palco engraçadíssima de Vinícius “Moita” e Bruno Pinheiro (o mesmo visitador de blog misterioso), do baixo vigoroso de Henrique “Enfim” (eba! Agora ele é da E.L.P.B. também!) e da bateria bom-ban-te de Edvan. O show que eu mais lamentei ter saído no meio, e o com maior número de piadas internas por segundo. Djimais...

Novas Formas Achatadas: Tá, pode me chamar de paga-pau também...Eu gosto MUITO dessa banda. Sambão de primeira, melodias muito elaboradas e bonitas, paradinhas surpreendentes, e uma guitarra noise muito legal, que soa estranha as vezes, mas que dá um clima muito interessante à banda. Pra mim, é uma das bandas que mais promete daqui de Aracaju. O maior destaque é claro, vai pra Eiki, o japonês legitimo que tá morando no Brasil há um tempinho mas já virou um suingueiro danado. Dá vontade de aprender a sambar só por causa deles...

Naurêa **: Será a Naurêa uma banda de “forró-punk” como visto num cartaz na UFS, ou uma banda de “regional sergipano” como meus coleguinhas de Recife bem descreveram? Bem, pra mim, a Naurêa é uma banda que mistura tudo isso e muito mais muito bem, muita gente não gosta, por mim tudo bem, mas eu curto muito um show deles. Os hits “A Peleja de 007 contra Lampião” e “Pop do Forró” são certezas de danças esquisitas e muita poeira subindo no salão. Eu ainda lembro das primeiras apresentações do Naurea que eu fui...em algumas Aragão (caixa/cavaquinho/percussão extra) subia em minhas costas ou fazia uma performance comigo. Eu me sentia o oitavo naurêa * chuif chuif *...Bah! Mas vocês sabem como é...Mulher gostosa, é outra coisa.

Please No!: Mais uma das impressionantes bandas novas (mais ou menos já que essa tem dois anos) da cena sergipana. Bizarra, é verdade, muito bizarra. Uma banda de rock & roll brega bagarai, com trejeitos a lá Mamonas Assassinas, mas melhor. Uma banda com uma legião considerável de fãs, que cantam junto e tudo o mais, e que se divertem no palco. Babalu se acabava de rir nas baquetas. O destaque é para o tecladista, James se não me engano, entre cada música o cara mandava um tema diferente é clássico, perfeitos e tocados igualzinho ao original...Rolou “Oh Galaxy” do Jaspion, “Jump” do Van Halen, músicas de videogame, temas de desenho animado, e grandes clássicos do metal brega dos anos 80, de bregas contemporâneos, e etc. Pra desligar o cara foi preciso o uso da força...O melhor do show está atrás dos teclados, suando, levantando a galera, dançando, se acabando e remexendo sua cabeleira “mezzo” Bozo. CRÄÄÄÄSSICO!

Plástico Lunar: Olha aí uma banda polêmica...Mas tou sem saco pra elas agora. Rolou uma treta entre eu e o vocalista, mas agora já estamos resolvidos, então vamos deixar pendengas pessoais e criticar a banda. Bem, essa é outra das minhas favoritas das bandas sergipanas. Eles que fizeram o melhor show do Punka 2001 e um dos melhores do 2002, são uma banda ótima e irrepreensível tecnicamente. Tocam um som setentista, influenciado por Pink Floyd e outras sonzeiras psicodélicas...É muito bom mesmo. E apesar de letras meio de lombra e um tantinho de repetição, fazem um som bem legal, e até respeitado lá fora. Tanto que entraram pra uma coletânea da Baratos & Afins.

Policultura Manguezal: Acho que acabou...Misturava maracatu embolado com rock. Mais uma dos fenômeno pós-Chico Science. Nenhuma novidade além disso. Ah! E eu também já dormi no show deles, o que não diz muito né?

Revolution #9: É quando o pessoal da Snooze toca cover dos Beatles, versões muito legais e dançantes. Mas eu sou paga-pau...

Sulanca: A primeira banda que eu me lembro a misturar elementos de rock com coisas da terra mesmo. Sabe aquele estereotipo de pessoas que iam pro interior procurar os sons mais roots? Era assim que eu via eles...Com suas roupas, os tambores, as musicas com pitadas generosas de rock, etc...Quem sabe onde eles estão?

Shovit: Uma banda que toca muito pouco, mas sempre com shows memoráveis. As músicas próprias são muito legais, arranjos bonitos, muita sujeira e noise, e uma bateria poderosa de Edvan. A presença de palco não é muito marcante, mas é isso que é legal na banda. Pessoas normais tocando coisas legais. As covers são djiliças também, e de vez em quando, um maluco sobe ao palco e canta alguma coisinha.

Snooze : Acho que minha banda favorita. Acabei conhecendo todos da banda, o baterista menos, mas gosto de todos eles pessoalmente e a banda então...Eu já pagava o maior pau, agora que são meus amiguinhos fica estranho, mas é bem legal também. Apesar de algumas pessoas acharem que as novas musicas deles estão meio morgadas, eu gosto bastante desse estilo mais devagar e harmônico. Mas ainda sou apaixonado pelas “crássicas” : “looking at you/I keep looking for you/ and when I find you/ I will look through you” e é claro, “let my head blow up.

Sonnet: Sendo sincero: O melhor que eu posso dizer é que não gosto nada do tecladista. Dos timbres de teclado, dos sons, do arranjo. Não gosto de nada do teclado. E isso basta pra estragar a maioria das músicas. Mas não tenho muito mais do que isso pra dizer. Até vou pra shows, e até me divirto. Mas não gosto do teclado. Não gosto MESMO.

Trindade: Reggae. Ruim. Mas que o último show deles eu me diverti, isso é verdade. Foi legal ficar mangando da música deles igual à do beija-flor da Natiruts, por falar nisso, muita gente veio me falar que eles são paias justamente por imitar muito o reggae pop deles...Mas eu não entendo de reggae, eu não gosto e pronto.

Tchandala: O que se pode esperar de uma banda de metal com esse nome? Parece nome de banda de axé...Bah! Eu não gosto de metal também =\

Valium: Ë uma banda com energia...Até demais. Apesar de ter músicas MUITO parecidas com outras músicas famosas (especialmente aquela que parece com uma do Rush), tem outras até interessantes. Mas eu não gosto, acho que o vocalista grita demais. A banda é bem de colegial mesmo, e chove no molhado. Mas que foi bunito ele enrolando a letra de “Fell in love with a girl” gritando coisas ininteligíveis foi..Ah, e engraçado.

Vitais: Mais uma banda de amigos, e mais um assunto delicado. Como tratar uma banda de uma pessoa que eu gosto muito, mas que a maioria das pessoas que eu conheço não gosta? Sendo sincero as vezes pode ser o melhor remédio...Pois bem, a banda não me traz muita coisa. Vai ver é o estilo, que eu mesmo já tou até a tampa. Vai ver são as letras...quer dizer, não, as letras são legais...assim como o instrumental, e o resto é legal...é tudo bem tocado, mas não me passa muito, me entendem? Eu me divirto em shows (principalmente quando tocam a música de Maomé, que eu realmente acho legal, e o cover de Radiohead, “The National Anthem”) e acho a banda bem inovadora de verdade, mas ela não mexe comigo. Ou seja, pra mim, mais uma que tá chovendo no meu pé de cactus...

Warlord Outra banda de metal que eu nem gosto nem simpatizo. Mas que tem uma história legal, o tecladista (um dos virtuosos multi-instrumentista do caralho da banda) resolveu dar um belíssimo stage-dive. E quem estava lá pra pegar? Eu, Ian e seu irmão Zak e um maluco lá. Bem, a história é conhecida, ele deu o dive muuuuuuuuito longe da caminha de gato que nós tecemos com nossos fortes braços e fudeu com o braço. Nem sei se ele já melhorou 100%, mas bem, quem manda dar uma de sem-noção?



E aí vai a primeira parte do dossiê de bandas sergipanas que eu conheço. Primeira parte porque com certeza esqueci alguém...e é aí que eu peço a sua ajuda leitor, me lembre de mais bandas, por favor.
O critério pra eu colocar aqui é eu ter ido pra algum show ou já ter ouvido mais de uma música pelo menos. Não vou criticar nada que eu não conheço justamente pra não rolar briga.
Se quer discutir, concordando ou discordando, temos os comments pra isso. Se quer encher o saco, manda pro meu email que eu cuido direitinho de você.

E é isso aí...mais um projeto Ai! Minha Santa Aquerupita! - Com o rock aonde ele for!®


* Com a ajuda de Aline Hipolito

** Com a ajuda de Rodrigo Amaral

quarta-feira, fevereiro 05, 2003

Diálogos de uma família normal:

Filho escuta Amnesiac, do Radiohead. Pai assiste televisão e lê revista.

Pai: Filho, o que é isso que tá tocando?
Filho: Radiohead.
Pai: Isso toca no radio?
Filho: Não gosto de radio, músicas que tocam em rádio são geralmente uma bosta.
Pai: Isso parece mais com música de velatório.
Filho: ...
Pai: Pois só penso num velório quando escuto isso...




once again, im in trouble with my only friend
she is papering the windows pane
she is putting on a smile
living in a glasshouse

cada dia fica mais difícil escrever.
seja lá o que for.

mas eu ainda fico aqui vendo esse espaço em branco que já nem branco está mais. e de todas as letras que eu já coloquei antes, nenhuma me disse, ou disse a você o que eu quero dizer.

é a sindrome de alguma coisa.

é o mal de alguma coisa.

eu fico revirando o meu caderno, minhas frases, minhas estrofes soltas. e acho de vez em quando alguma coisa que vale a pena ler.
ou algo que vale a pena lembrar. quase sempre não é nada. é uma palavra escrita com uma letra melhor que a minha natural, é uma frase que rima com outra que eu gostei. são sempre os fragmentos que me interessam.

por isso eu não consigo escrever. nem ler.

tudo se resume a fragmentos.
se todos os meus passos fossem apagados
e se de todos os dias esse fosse o dia errado

quem pode dizer
o que eu sinto
o que eu sei
quem pode dizer não está aqui

domingo, fevereiro 02, 2003

três dicas

tudo terminou essa noite. após dois tragos e um copo de vodca com gelo. dica #1 para evitar a ressaca: durma pouco. tinha sido uma noite longa, e logo após ter saído de casa começou a chover. dica #1 para dias de chuva: um bar, ou um clube. com uma quantidade de destilados maior do que o que o seu fígado pode agüentar com certeza. corta pra cena do bar: era a mesma cantada batida, mas pela primeira vez funcionou. dica #1 para cantar alguém com sucesso: procure uma garota chorando, tomando mais do que de costume, de preferência meio bêbada. cantadas em clubes são sempre supérfluas, se você é bonito e/ou parece rico, elas sempre topam. a musica sempre é muito alta, e as melhores garotas sempre estão bêbadas. seja lá o que você fale, demonstre firmeza, ela não vai ouvir mesmo. dica #2 para cantar alguém: cuide do sorriso e do olhar no olho. corta pra cena da dança. ao contrario dos filmes, nem você nem ela dançam bem. no máximo tentam se mexer no ritmo da musica sem cair. é a deixa para beijos e para manipulação mútua. dica #2 para dias de chuva: se encontrar uma garota no bar, convide-a para sair. aproveite a chuva como desculpa para levá-la à porta de casa. se você já bebeu muito no dia anterior o seu corpo fica meio estranho, fora de controle. dica #2 para evitar a ressaca: não pare de beber. corta para a tomada súbita de consciência: você é um machista idiota. você é um cafajeste. você se aproveita de garotas aparentemente abaladas e juntamente com álcool e chuva tenta aliviar seu desejo entre as pernas de uma desconhecida. dica #3 para cantar alguém: nunca chore do nada, dê algum motivo. mas você não tem. você é um idiota. você é um cafajeste. ela te pegou. e ainda chove. dica #3 para dias de chuva: nunca espere na chuva por muito tempo se a temperatura lá fora está abaixo dos 15 graus. você é um idiota. peça desculpas. retire-se. volte para casa. dica #3 para evitar a ressaca: se sua vida é miserável e nada mais que uma sucessão de fracassos, dez comprimidinhos vermelhos. um cigarro barato. um copo de vodca com gelo.

raphael, 16/12/2002