sábado, dezembro 24, 2005

seguindo a idéia (ou seria melhor plagiando) da diva é hora de uma retrospectiva dos melhores de 2005, que vem sendo o ano que eu consigo me lembrar de mais coisas acontecidas ao final do mesmo. e para começar, um retrospecto das ALGUMAS DAS MAIORES DESCOBERTAS FEITAS POR MIM, RAPHAEL NASCIMENTO, NESTE ANO QUE FINDA:


1. a orca é um golfinho - ok, eu nunca pensei nisso.

2. o furto corporativo subversivo é justo, bom e barato - e é um modo de vida (mentira, vira vício).

3. rexona - alguns poços deveriam ter um fundo. não aconselho.

4. sexo é o sentido da vida - o que me fez afirmar que sexo não era tudo na vida em 2004? ah, falta de sexo.

5. existe vida após a cocó - e como ela vale a pena...

6. macvmba, pop magick!, chaoticismo e os et coetera et al - tá, eu não descobri isso em 2005. fui introduzido nas artes pela lila desde 1987, mas só nesse ano que eu finalmente entrei de cabeça e carreguei meu primeiro sigilinho bobo.


essas são algumas das descobertas que eu lembro, não é porque eu disse que 2005 foi o ano que eu mais me lembro que quer dizer que eu lembro de muita coisa.

terça-feira, dezembro 06, 2005

featherstone: e então? vai me contar o que aconteceu em masada?

starr: oh bem, deixe-me ver: havia um anjo, uma puta, um eunuco, dúzias de idiotas, um desgraçado imortal, o holocausto de um homem só usando capote, um banquete ocasional com vinte pratos pro maior gordo do mundo, endogamia, brigas de família, bulimia, uma criança retardada...que sempre serve pra dar umas risadas...e a total destruição de nosso templo mais sagrado e reduto mais secreto na explosão de uma bomba de cinquenta megatons.


Senhoras e senhores, PREACHER:


jesse custer , pastor

e garth ennis é um insano filho da puta. vicio total.

como baixar? aqui (a senha é sedentario).

sexta-feira, novembro 18, 2005

how to be a magician*


o mundo fica cada vez mais estranho para mim. o problema veio depois de ler, acabei me desencaixando do mundo que eu vinha vivendo. isso é o problema de ler ao invés de viver. as teorias perdendo sentido. o mundo em si perdendo o sentido. o trabalho não mais dignifica o homem. a família não mais é importante. o Estado não é algo necessário. a escola é só mais um tipo de prisão. o hedonismo não é censurável. a anarquia se não é solução é pelo menos um meio. tanta coisa que não passaria pela minha cabeça e que me deu um desentrose do mundo que agora que eu olho e tento ver como me encaixar eu vejo o mal que me fez. não que eu queira voltar à fazer parte do mundo. mas a minha alienação não encontra respaldo na minha compleição de pouca fibra e no meu caráter resoluto porém pouco dado ao empreendedorismo. meu parasitismo social só me deixa numa posição confortável - e não menos provedora de culpa pra cima de moi - e me impede de ver as agruras de que é tomar pra si efetivamente o que eu penso do mundo. eu perdi o sentido de mim mesmo a ponto de enveredar pra chaotismo e ainda assim ainda estar no máximo na fase do fake it 'till you make it.

é covardia, eu sei. mas porque dá tanto medo viver?

quinta-feira, novembro 10, 2005




"The great thing about the internet is its levelling effect; online all opinions are equally WORTHLESS." - MORRISON, Grant.

MESTRE.

(e lá vou eu com mais uma imagem sobrecarregar a banda de quem ainda cisma em visitar essa bagaça)

TRÊS descobertas MUITO boas nessa noite de muito medo e nóias com o bródi Asmodeu e o mistério de um padre e sua catedral de Rennes-les-Château. já favoritadas desde então. jênhas, jênhas, jênhas. vamos à elas:

.1
Alien Loves Predator
"em nova york, ninguém pode te ouvir gritar"

.2
Spamusement!
quadrinhos toscamente desenhados baseados em títulos reais de spams! uma mistura hilária de exploding dog e enlarge your penis.


o título dessa é "bill gates got one!"

.3
The Totally True Adventures of Dinossaur and Robot
dinossauros. robôs. preciso dizer mais?


quarta-feira, novembro 09, 2005

terça-feira, outubro 25, 2005

bom frisar que no exato mili-segundo em que eu apertei o botão de publicar o post abaixo o telefone tocou. fanfarra do destino, deve ser.
e como post-scriptum eu devo adicionar: eu consigo viver com muitas incertezas, mas não dá pra seguir em frente sem ter certas certezas.


***
(e não tentem advinhar. não é da conta de quase ninguém que ande por essa freguesia)

não dá pra dizer que esse blog mantem qualquer regularidade, ovviamente. mas o que fazer se sua vida não mantem nenhuma regularidade? não é mais um rampante de reclamação que se torna obscuro e uma punheta literária no final. é um desabafo sincero de quem acha que perdeu o tino pra muita coisa, inclusive pra se manter minimamente estável emotion-wise. manter um blog é luxo depois que ele já perdeu todo o poder terapêutico que um dia já teve. pode ser o cansaço, pode ser a marca indelével do final dos tempos. deve ser apenas o desânimo e a falta de sorte com as coisas. porque eu espero que seja isso: falta de sorte. porque não pode ser plano de alguém - muito menos meu - toda essa sabotagem na qual cada coisa em minha vida acaba por tornar-se. não há ânimo nem para desistir, eu digo logo. e o que me faz estar escrevendo isso é um motivo que talvez ninguém descubra, mas que eu sei qual é e que também sei que é completamente inócuo e que não vai dar certo. alguma coisa dá certo, quando vista à longo prazo? alguma coisa é boa, quando vista à longo prazo? existe felicidade, quando vista à longo prazo? seria melhor montar o referendo para decidir se minha vida pode entrar no "danem-se os longos prazos", "danem-se os balancinhos muito altos", "danem-se os telefonemas que nunca chegam". mas bem, talvez eu fizesse o mesmo que na vida real e votaria num 3 pra essa minha vidinha fictícia.

segunda-feira, outubro 03, 2005





UTAHRAPTOR:
talking to the devil?

T-REX:
yeah. he's worried he won't look cool in front of his fellow gamers if he speaks with numbers in place of letters.

UTAHRAPTOR:
is that what they do in hell? play videogames all the time?

SATANÁS:
actually in hell you can do just about whatever you want, only while you're doing it you have to sing songs with all the lyrics replaced by "party".

T-REX:
that doesn't sound so bad!

SATANÁS:
yes, well, that's why i invented the place, t-rex.


WWW.QWANTZ.COM

(favor ler)

domingo, outubro 02, 2005



por falar em dormir e acordar, eu sinto falta
...

os pequenos acidentes que não aconteceram mostraram apenas que estava muito distraído ao dirigir os longos caminhos que o separava de várias coisas distintas. lugares que não precisava ir, mas distâncias que precisava percorrer apenas pelo fato de que aquilo o levaria para algum lugar que não aquele que permanecera durante seu sono. estava acordado e iria permanecer assim, mesmo distraído, mesmo provocando quase-pequenos acidentes. uma vez começado, não dava para parar de andar para algum canto. os lugares como fotografias em um álbum cujas páginas são folheadas rápido demais. sem tempo para os detalhes, ou mesmo para uma idéia geral da coisa. estava acordado e iria permanecer assim. os quase pequenos acidentes, enormes tragédias fictícias, o acordando mais para o dia, mas o dia terminava rápido, o sol se punha já há muito, os deuses acordados dançavam num céu parcialmente nublado. previsão do tempo para a noite: pancadas de chuva. nada que apague um cigarro, nada que molhe ainda mais o seu rosto de salgado. nada que faça de poças, espelhos para o céu parcialmente nublado. dormiu com uma palavra entalada na garganta. algumas, nesse caso, pois há muito já vinha economizando as palavras que mais queria dizer. mas você sabe, só não aceita. os quase-pequenos acidentes acordam de um sono desperto. estava acordado e iria permanecer assim.


(once it started, can not be stoped from moving on/ now do we really seek what we should find / and do we stay awake / to catch these photgraphic moments / that has captured time and space / cannot turn another page / let me know/ how its been? where youre from ? where its leading? how it all came about to ...so late. i'll stay. i'll stay. i'll stay...awake - coparck.awake)

sexta-feira, setembro 30, 2005


aí gentem, uma dica: só o amor constrói.

it's time i got back to the good life/ it's time i got back/ and i don't even know how i got out of the track



as coisas voltaram ao mais possível próximo do normal. esperem por Algo.

sexta-feira, setembro 02, 2005

quarta-feira, agosto 24, 2005

capítulo 28



O principal problema - um dos principais problemas, pois são muitos -, um dos principais problemas em governar pessoas, está em quem você escolhe para fazê-lo. ou melhor, em quem consegue fazer com que as pessoas deixem que ele faça isso com elas.

resumindo: é um fato bem conhecido que todosos que querem governar as outras pessoas são, por isso mesmo, os menos indicados para isso. resumindo o resumo: qualquer pessoa capaz de se tornar presidente não deveria, em hipótese alguma, ter permissão para exercer o cargo. resumindo o resumo do resumo: as pessoas são um problema.

então essa é a situação que encontramos : uma sucessão de presidentes que curtem tanto as diversões e bajulações decorrente do poder que muito raramente percebem que não estão no poder.

e, nas sombras atrás deles - quem?
(...)


adams, douglas - o restaurante no fim do universo
rio de janeiro: sextante, 2004

domingo, agosto 21, 2005

ultimamente venho me encafifando com um lance que eu não consigo fazer, apesar de diversas tentativas fúteis: auto-descrição.

eu acho impressionante, incrível y fabuloso o fato de que tem gente que em meia dúzia de palavras consegue se auto-descrever ( caindo geralmente no auto-elogio explícito), mas eu simplesmente não só falho na tentativa de auto-descrição, como até mesmo na tentativa de auto-avaliação. então eu escrevo qualquer coisa aleatória e sem sentido, que por mais que eu tente não revelar (inconscientemente, claro) o que eu sou, cada vez mais me revelo (inconscientemente também, seguuura freud).

e andei então revendo os meus "about me" e me peguei relendo o do fotolog, que é o mais antigo (depois desse SUCINTO " raphael, 22 anos, universitário em crise" - que é o menos me dos meus abouts).

porque vidas desinteressantes tem o seu quê de incomum e curioso e esse flog é em parte, uma essência bruta da minha vida desinteressante. em cada foto existe um pouco do eu que vivo agora, ou do eu que viveu algo interessante (ou não) outrora.

mas existe um pouco de mim em tudo o que há aqui.junte as peças e o quebra-cabeça talvez te desmonte.

quinta-feira, agosto 11, 2005

não tenho tido tempo de sonhar que brinco, mas só tento aos poucos brincar que sonho.

quinta-feira, agosto 04, 2005



Givanildo Silveira e Lucivânia Rodrigues, direto de Caruaru - PE.

GS- o quebra-pau foi grande?

LR- foi grande, e se ela vir tem outro de novo porque ela pegou, ta fazendo a cabeça do meu ex-marido pra tumá o meu filho e eu cheguei na casa dela e disse que ela num ia tumá, e ela disse eu vou tumá e aí piquei-lhe um murro no meio da cara que quebrei o nariz dela aí ela prestou a queixa e eu tou aqui pá cumê a bronca

GS- botou pra lascar mesmo, ein?

LR- butei pra lascar, vá olhar a cara dela como é que tá a cara da otária

GS- num se arrepende não?

LR- me arrependo. me arrependo que eu num dei mais nela era pra ter caido no chão pra eu ter comido no bicudo na boca

É CUM VOCÊ EDEÍLSON, E O PAU CUMENO NO SALGADO!!!

quarta-feira, julho 20, 2005


balanço

no parque cheio de crianças cícero sempre preferiu o balanço. ao contrário das gangorras, dos gira-giras, dos jogos de bola, elástico, e tantos outros que as crianças brincavam, o balanço era o único que ele podia brincar sozinho e assim fazia por horas, balançando abraçado às cordas, esticando as perninhas gordinhas, olhando ora pro céu, ora pro chão. as outras crianças eram apenas parte do cenário, a trilha sonora de gritos. coadjuvantes do grande protagonista do brinquedo supremo: cícero, o ás do balanço.


num dia preguiçoso era um balançar mole e devagar, olhando pro chão e chutando pedrinhas. mas os dias que ele mais gostava era quando vinha correndo pro parquinho, pulava no brinquedo e jogava as pernas pro ar. podia ir alto se balançasse com força, e não precisava de mais ninguém.



até que alguém carinhosamente deu um empurrãozinho com mãos leves, e ele viu que podia subir bem mais alto.
enquanto subia, ele e o céu trocaram sorrisos.

domingo, julho 17, 2005



parece que o mundo tá apodrecendo, mas a gente não.
feliz nós dois.
14.05.05






(baseado em frase da diva, dita por aqui)

quarta-feira, julho 06, 2005



epílogo: (e agora ia dormir envolto em brumas. tossia e era manhã)


pegou a caneta e acendeu o primeiro cigarro. o bloco de notas esperava complacente, a brancura da folha pedia para ser maculada. puxou longamente o seu primeiro trago. a sala estava tão sozinha que dava para ouvir o papel do cigarro queimando enquato aspirava a fumaça que fazia arder sua garganta, era quase como se nem ele estivesse lá. expirou suavemente a fumaça amarelada e densa. esperava que das formas efêmeras que evoluiam na sua frente pudesse, tal qual como num oráculo, prever sua próxima cartada, seu próximo grande texto, seu próximo lampejo de genialidade e originalidade. mas a folha de papel continuava branca e a caneta em sua mão continuava fechada. tamborilava sobre a mesa, desritmada.

acendeu o segundo cigarro

era um novo bandini, era um incompreendido. um van gogh das letras. mordia a tampa da caneta, dava longas tragadas. ásperas. tossia de vez em quando. se engasgava. blasfemava cristina. blasfemava sua mãe. blasfemava jesus e todos os santos. não, não fazia isso. estava sentado, calmo. fumava muito rápido, agora estamos já no quarto cigarro. a folha já não era tão branca, havia resquícios de cinzas e rabiscos em toda folha. desenhava estrelas ou pentagramas. era a única coisa que tinha aprendido de luciana. uma linha reta assim, depois desce assim, e faz isso, isso e isso. fazia isso durante as aulas. fazia isso enquanto interpretava o seu eu-estou-prestando-atenção. fazia isso ao telefone. tinha virado um mestre. um van gogh das estrelas.

o cinzeiro transbordava as cinzas do seu décimo segundo cigarro

cuspia fora a tampa da caneta, completamente mastigada. acendia o décimo terceiro cigarro. desistia de fumar, agora doía. jogava pela janela mesmo. tomara que cause um incêndio. desistia de desistir. maldizia o mundo inteiro lá embaixo. maldizia a maldita carteira de lucky strike. maldizia os malditos quase três reais que ele havia juntado de moedas achadas em bolsos, na carteira e no armário. iria maldizer todo o sistema monetário, financeiro, capitalista, maldito e infâme, mas cometeu um deslize sociológico e maldisse marx, engels e toda a corja vermelha. vociferava, ele mesmo vermelho. não, não fazia isso. pensava, apenas. acendeu o décimo quarto cigarro.

amassava a carteira de cigarros vazia e jogava no chão mesmo

reclinava a cabeça pra cima e dava a última baforada. apagava o cigarro no tampo da mesa. a caneta há muito já tinha sido largada de lado, depois de horas rabiscando o legado de luciana. o bloco não vira tocar em seu corpo nenhuma palavra, mas longe do novo bandini estar triste. olhou com uma sensação semelhante à um alívio enorme e contemplou a sua grande obra. abriu um sorriso leve.
tinha criado um universo.


quinta-feira, junho 30, 2005



abriu a caixa e encontrou a carta, ainda manuscrita, talvez uma prova de que havia desistido de mandar, mas de que não havia desistido do que tinha ali.

"andalucia, diciembre 1923


escrevo a carta em linhas poucas, em frases rápidas.
escrevo curto pra você me ler.
sei que minha cicatriz encaixa na sua, mas meu corte não é o mesmo que o teu.
o meu sangra pra fora. o meu sangra pra dentro.
eu não vejo o seu sangue escorrer, eu não vejo o seu sangue.
eu quero sangue, eu quero lágrima, eu quero suor, eu quero.
estico os braços pra te fazer caber dentro de mim.
as cicatrizes que se façam memória, que há ainda muita carne para ser cortada.
muita pele pra ser tingida da cor de nosso sangue.


a carta acaba, mas fica o sentimento.

eterno, e ternamente
p. "


avaliou o conteúdo e nada entendeu. amassou e jogou fora o papel amarelado, quem sabe tinha alguma coisa de valor dentro da caixa que ela pudesse penhorar?

segunda-feira, junho 27, 2005


francis.hamel/telephone.box.in.the.rain



aquela palavra dizia tudo secamente, não queria perder tempo tentando explicar e inventariar tudo aquilo que sentia. faltava a palavra que iria dizer tudo, tudo, tudo. e do outro lado do telefone tocava uma, duas, três vezes. ainda pescava a palavra de dentro de algum fosso desconhecido dentro de si mesmo e alô. alô, sou eu. mal havia pensado e a palavra pulou dele para ela, um telefone no meio. falei, mesmo. do outro lado dava para ouvir o acordeão e o piano bem baixinho, era a música deles. dava para ouvir o som da rua dela. o som da casa dela. fechava os olhos e dava pra ver ela sentada no sofá branco ou deitada no tapete. a sala vermelha era testemunha. fechava os olhos e dava pra ver a foto dos dois. dava pra ver a praia que ela todo dia via da janela. sentia os braços eriçarem da brisa do mar que parecia sair do telefone e tocar de leve as suas orelhas. só não dava para ouvir ela. repetiu mais uma vez, aquele telefone sem fio e o som alto poderiam ter confundido. nada ainda. a respiração tinha mudado, sentira. mas passou um, dois, três segundos, duas horas, um dia, três semanas, um mês, todo o resto de sua vida e ele no telefone não ouvira nada de volta. tá, tchau. nenhuma lágrima, pôs o casaco e saiu na chuva mesmo.
o céu chorava por eles.

sábado, junho 25, 2005

eu fico sentado aqui, ouvindo o que eu sempre ouço e fazendo o que eu sempre faço entre uma espera ou outra. na verdade talvez o que eu faço entre uma espera e outra seja o não-Comum. talvez eu venha pra cá pra esperar. e pra ficar sentado aqui na cadeira, reclinando, ajeitando as pernas, ajeitando a cadeira, mexendo as pernas, mexendo a cadeira, mudando de posição inconstantemente. e fazer o que eu sempre faço enquadra-se numa lista não muita extensa que conta com uma série de item(s): 1) nada.

eu já espero mesmo quando não tem o que esperar. isso é o Comum. e entre uma espera e outra eu vou arranjando coisas para esperar. enquanto fico sentado aqui, ouvindo o que eu sempre ouço. fazendo o que eu sempre faço

(não tem ponto final)

domingo, junho 12, 2005

já tá dando coisas ver esse blog assim abandonado. e não é nem por falta do que dizer, mas por falta de vontade e/ou jeito pra isso. não sei se perdi o jeito de falar, mas acho que falta alguma coisa que me impede de escrever como eu.

tentei aliviar isso criando outro blog, com outra proposta, muito diferente dessa, só pra ver se batia a instiga. mas nada. o blog já é quase natimorto. e não é porque estou mal, muito pelo contrário, estou muito bem como há tempos não estava. mas vai ver é justamente por isso. a felicidade as vezes é uma droga.


ah, mas é muito bom.

quarta-feira, maio 25, 2005

existem faltas e outras faltas. o mais vindo é das coisas que não estão. tem das coisas que nunca estiveram. tem das coisas que estão. é olhar e ver que está lá, mas ainda assim sentir falta. e tocar e sentir que está aqui, mas ainda assim sentir falta do que toca. é ouvir como se ouvisse uma lembrança, mesmo tendo a certeza de que os olhos vendo lábios mexerem e as mãos tocando e sentindo o calor da pele estão aqui, no presente. sentir falta do tempo que escapa por pura distração. até parece que dá prazer sentir saudade...

sábado, maio 21, 2005

sexta-feira, maio 13, 2005


vai, chupa toda, vai...

acabo de VIVENCIAR aquele que talvez seja o mais REDENTOR MOMENTO da televisão brasileira no ÚLTIMO SÉCULO. Ivete Sangalo (cheiradora e gostosa) e Gilberto Gil (nosso ministro maconheiro) dividindo o palco e RESVALANDO SOM, SUOR y SUÍNGUE na mais IMPORTANTE música da discografia brasileira, a EPÍTOME de nossa LATINIDAD: "Céu da Boca" de composição do OBSCURO artista LEONART.

o MOTE da música, melô do nosso querido BÊ-JÓTA, é o que há de mais SUBVERSIVO y EMOCIONANTE. um apelo singelo em duas palavras: CHUPA TODA.

eu disse TODA.

notem que os pequenos parentesês denunciando o ilícito favorito dos artistas é IMPORTANTÍSSIMO para melhor visualizar a PERFORMANCE no palco de ambos.

AH, TOOODA.

confiram a poesia:
CÉU DA BOCA (Leonart)

É de babarixá,

é de balacumbaca
É de babarixá,
é de balacumbaca
Tê, têretetete
Eu quero beijar a sua boca louca
Eu quero beijar a sua boca louca
Eu vou enfiar uva no céu da sua boca, eu vou
Eu vou enfiar uva no céu da sua boca
Eu quero beijar a sua boca louca
Eu quero beijar a sua boca louca
E aí chupa toda
Disse Toda
Chupa Toda
Disse toda
Chupa Toda!

CHUPA TODA.
aprenda aqui.

segunda-feira, maio 09, 2005

galhos
parte 1 de parte alguma


se ainda chove é porque ainda é tudo a mesma coisa, pensava pois que os céus - ou quem quer que os controlava - tinha Algo contra ele. se punha muito em conta, é verdade, mas tinha certa razão pois se os astros não conspiravam de facto contra ele, as coincidências constantemente declaravam sem sombra de dúvida que Algo estava lá. e claro que isso tudo era real, era verdade e acontecia. lembrava do encontro prematuro com a idéia de morte quando um colega de escola havia sido atropelado depois da aula. tinha 7 anos e não lembra bem do que sentiu com a perda (que nem foi tanta assim), mas lembra que o baque do menino no capô do carro ressoou em cima do estômago, bem dentro dele, como um baque de tambor abafado, curto e abrupto. naquele dia também chovia. lembra que a morte sempre se fez presente e lembra que Ela sempre se apresentou à ele das maneiras mais dissimuladas possíveis, teve pais e avós saudáveis e que duraram muitos e muitos anos, parentes distantes que por acaso morriam não faziam tanta falta, mas sempre era um garoto do colégio, uma senhora que morava no prédio, um menino da mesma rua do avô, sempre alguém ali perto dele que morria e com isso zombava dele que ainda estava vivo. se fosse outro, ignoraria por completo todas essas mortes, afinal, o que é a morte de um desconhecido? é apenas a plena demonstração de que o que vive, morre. e nisso nada via de mais.

prestava bastante atenção em quem vivia e quem morria, em como tinha morrido, e procurava saber qual a ligação da pessoa com ele. chacinas em são paulo, terremotos na síria, maremotos na indonésia, explosões na espanha, nada disso interessava. ele queria saber da morte do engraxate na rua da figueira, do suicídio do médico que atendia na vila sendeiros, do envenenamento do advogado de sua tia. ele gostava de se ligar à todas as mortes que podia, e de com isso, com a chuva logo hoje e com o fato de que ele tropeçou ontem e rasgou uma calça nova pensar que sim, Algo estava contra ele. e era Ela, que o rondava. tinha uma lista de como cada morte naquele canto do mundo estava relacionada à ele de alguma forma - tinha duas listas, na verdade, uma real e uma imaginária, bem mais ampla e eternamente revisada. o engraxate foi o mesmo que o pai havia dado cincoenta centavos no dia que foram comprar pregos na loja de ferragens, o médico tinha sido o mesmo que havia tratado de uma série de furúnculos em sua perna, o advogado de sua tia havia ajudado a mãe com a separação.

não pensava que a cidade era pequena, e que sempre morre alguém conhecido. era sempre ele. talvez fosse verdade, parecia muito ser e todos poderiam acreditar, se eu aqui dissesse - mas isso não vem ao caso. à constatação de que a morte brincava com ele algum jogo obscuro o fez retrair-se por um momento. não queria ser o responsável pela morte daqueles que apareciam em seu caminho. mas isso foi por um momento, afinal, nascer é se dirigir pra morte, e pessoas morrem sempre. isolar-se apenas o faria sozinho e mais triste ainda. e era curioso, queria saber qual era a razão daquela brincadeira. começou à se divertir. começou a lista mais ou menos por essa época, salvo engano. no começo tinha apenas seu nome e um desenho dele no meio do papel. algumas setas e nomes dos que morriam. como uma árvore onde ele era raiz e tronco e de onde saiam galhos macabros. depois a lista começou à incluir recortes de jornal, datas e fotos, quando conseguia. ainda era um garoto normal, não queria que Ela descobrisse que ele já sabia de todo o jogo, ainda jogava futebol no colégio, paquerava uma ou outra menina (às vezes, por uma maldade sórdida e fria de querer que a menina morresse), não era popular positiva ou negativamente, mas era suficientemente apagado para não chamar atenção. da Lista e da sua diversão com a Morte ele era a única testemunha.

segunda-feira, maio 02, 2005


solving problems by declaring parts of your life to be non-canon


depois de uma conversa com uma das três divas fiquei com algo me incomodando durante a noite: a presença de certos posts nesse blog que me envergonham além dos limites humanos por não demonstrarem claramente para o mundo o meu incrível poder de elaboração e o divinal dom da escrita. fazem parte do passado, é verdade, mas o que não é o passado além de uma coletânea de acontecimentos com o único propósito de te embaraçar por toda a breve eternidade de sua vida?

mas mais tarde, ao PERSCRUTAR as tiras do ryan north* e adquirindo mais e mais conhecimento em quadrinhos que abarcam TODOS OS ASSUNTOS DO MUNDO E TUDO AQUILO QUE VOCÊ DEVERIA SABER SOBRE TUDO eu encontrei A resposta. mais exatamente aqui.

declaro desde já grande parte do meu passado como NON CANON e hereby, TOTALMENTE INAPLICÁVEIS à minha pessoa. apócrifos não serão aceitos nessa freguesia, obrigado.


- jealous?



*se vocês tem AMOR por sua existencia, não deixem de ler as centenas de tiras do ryan north antes de morrerem

sexta-feira, abril 29, 2005


overwhelmingly delicious

a MELHOR descoberta dos últimos tempos está aqui. ainda arrumo nos meus links a sessão de comics. aliás, ainda mudo o template desse blog um dia.

quinta-feira, abril 28, 2005



não estranhem o período de calmaria no meu blog, não é um mau presságio. geralmente quando me acalmo não fico no ponto certo de angústia para escrever, porque eu escrevo movido à isso, basicamente. vide os posts passados. tou na VIBE SUSSA, numa NICE.

vou é curtir um bronze com meu rayito de sol.

sábado, abril 23, 2005



para você-sabe-quem sobre você-sabe-o-que

houve a história de um homem que ao chegar em casa depois de um cansativo dia do trabalho deu de cara com uma enorme árvore bem no meio de sua quitinete. depois do grande choque inicial, tentou entrar pela já apertada sala e ver como aquilo tinha parado ali. era o terceiro andar, impossível alguma árvore nascer ali. procurou alguém, poderia ser uma piada, mas quem iria fazer uma dessas com ele? não conhecia ninguém capaz disso ou que quisesse ao menos se dar ao trabalho, e caralho, era uma puta de uma árvore. um baobá enorme, tão frondoso quanto um baobá conseguiria ser no teto baixo daquele apartamente, o tronco como se estivesse grávido de dezenas de outros baobás, as raízes rasgando o chão, fincadas como que magicamente em sua sala e ainda estragando o tapete . sentiu-se como no asteróide B 612, e ele, o pequeno grande príncipe, soberano único e maior daquela quitinete, sentiu-se como num golpe de estado, o que fazia aquele baobá gigante atravancando o caminho? o baobá relinchava, grunhia, grasnava em sua cara a incompleta incapacidade dele de sequer compreender aquilo, quanto mais tomar alguma decisão. não tinha decidido o que fazer nem com quadro na parede, última lembrança de amanda, o que dizer de uma porra de uma árvore gigante tomando mais de 60% de seu reino? acendeu um cigarro e ficou olhando aquilo. não podia ser verdade, então ele relaxava mais. conseguiu abrir caminho até seu quarto e dormiu. acordou e ela ainda estava lá. era verdade? talvez não tivesse acordado ainda. resolveu fumar outro cigarro, abriu caminho até o sofá, espremido agora pelo baobá e sentou para pensar o que iria fazer. perdeu a hora do trabalho e resolveu então dormir no sofá. acordou com o corpo coberto de folhas, sentiu-se afrontado pela árvore, conseguiu se esqueirar até a saída do apartamento e resolveu comprar um machado, iria por fim naquele acinte. no segundo lance de escadas parou. estava intrigado, como assim uma árvore? voltou ao apartamento, ainda estava lá, grávida, enorme, rindo. acendeu um cigarro, desistiu de ir até o quarto, desistiu de ir até o sofá, deitou encostado no tronco da árvore, deu alguns tragos no cigarro e começou a pensar. acabou dormindo. acordou tarde, tinha sido o melhor sono de sua vida, o formato de seu corpo desenhado nas folhas secas que haviam caído pela noite. puta que o pariu, uma árvore! ele tinha um tremendo baobá, ele, o grande príncipe do seu asteróide B 612, ele. faltou mais um dia de trabalho, acendeu mais um cigarro e adormeceu logo.

no outro dia acordou e foi trabalhar, devia ter sido demitido, é óbvio, mas pelo menos com a árvore ele já estava acostumado.

quinta-feira, abril 21, 2005



jogos de se jogar esperando


chegou esbaforido, correra desde duas quadras atrás, mesmo sabendo, achando, sentindo que o trem ainda não chegara. olhara o horizonte, nenhum sinal. acalmou-se, corrigiu a postura, arrumou o terno, cheirou as flores. sentou-se. seriam algumas horas até que ele chegasse, pensou. procurou uma posição mais confortável abriu um livro de bolso. era algo sobre espera. "apropriado", sorriu de lado. começou a ler, até que cansou. nenhum sinal de chegada, nenhuma fumaça no horizonte. tirou o casaco do terno, fazia bastante calor. via o pouco movimento, pessoas e suas vidas atrás delas. algumas apressadas, algumas mais apressadas. nenhuma parada. uma senhora com um cachorro, uma garota e seu namorado de mãos dadas - suspirou - quase correndo, um executivo, um banqueiro, um encanador, um agiota - como sabia? inferia ou inventava: mais um jogo de se jogar esperando. as pálpebras pesavam num sono leve, pensou em recostar a cabeça, mas o trem podia chegar. nenhum sinal de chegada, nenhuma fumaça no horizonte, nem além disso. reclinou-se no banco, fechou os olhos. abria a cada cinco minutos, tinha o sono muito leve, e sabia que caso o trem chegasse à algumas centenas de metros o próprio barulho do trem o acordaria, mas sentia a cada cinco minutos que o trem já havia passado há dez minutos atrás, e acordava ansioso, nervoso com a perda. e dormia de novo tranquilo de não ver nenhum sinal do trem, nenhuma fumaça, nenhum horizonte. abria os olhos, enxugava o suor do rosto. dormia. abria os olhos ansioso, nenhum trem. a noite chegava. vestia o casaco, sentia frio. as folhes murchavam. o livro acabava, era algo sobre espera - "irônico", sorria ele. dormitava, andava um pouco em volta do banco. tirava o casaco, o suor cobria-lhe o rosto. dormitava, acordava, dormitava, acordava. o livro acabou, algo sobre espera - "coincidência", sorria ele. as flores há muito tornaram-se pedaços secos e sem vida de alguma coisa qualquer. as pessoas passavam, algumas o reconheciam. uma senhora com um cachorro, uma garota e seu namorado de mãos dadas, um executivo, um banqueiro, um encanador, um agiota, um peregrino, um irmão, um primo, um pai, uma mãe - como sabia? o jogo de se jogar esperando. cada olho que o cruzava o angustiava. cada olho que o olhava de dentro de sua órbita arrancava alguma coisa dele. largou o banco num ímpeto. encontrou uma garota "talvez uma violoncelista", imaginou.

- senhorita, que horas chega o próximo trem?
- é...meu senhor, não passa nenhum trem no meio da praça.

nenhum trem, nenhuma fumaça no horizonte. nenhum horizonte.

quarta-feira, abril 20, 2005



e o espírito santo baixa em línguas de fogo nos cardeais reunidos sob o juízo final de michelangelo, na capela cistina. e toda cúria em júbilo e em louvor escuta a voz de metraton, o anjo que anucia as glórias de deus com sua voz:

- lord ratzinger?
- yes, master.
- riiiiiiiiiiise!

(bem que eu senti uma alteração na força)

quarta-feira, abril 13, 2005

cigarro

um banho quente, grosso, forte. pra contrastar com ele mesmo. as gotas fartas escorrendo pelos cabelos, pelos pelos, a pele se encharcando e aproveitando o pouco de calor. fora, a chuva castigava o telhado e os transeuntes deixando o céu cheio da coisa indizível que fazia um céu em dia de chuva. enfim, a chuva não importava tanto. a chuva tinha outro cheiro. e o cheiro dele, esse sim, importava. importava, incomodava. me incomodava. talvez nem "dele" fosse. mas "nele". ao cair da noite, ou na madrugada, o cheiro carregava aquele odor de um dia. não era um fedor de suor ou o cheiro de humano, nada naquele cheiro era humano. era o cheiro da rua, o cheiro do mundo, era cheiro de cigarro, de fumaça, de um dia inteiro pesando nas costas, colando na pele, formando uma casca. não era nenhum grenouille, mas tinha um nariz enorme. não, não é tão grande assim. mas sentia o cheiro como se vindo não só de fora, mas de dentro. como se ele além de sorver com as narinas, engolisse cada partícula odorífera com a boca para dentro de si. estava impregnado, por dentro e por fora. então era esse momento que ele esperava: o banho.

fechava os olhos e os virava em direção à água, deixava o chuveiro massagear seu rosto, seus olhos. sua boca. o nariz enorme. a água ia arrastando do cabelo aos pés tudo o que o incomodava. pelo menos o que podia ser sólido o suficiente para ser arrastado. o cabelo grudava morno na testa, a boca se enchia d'água e cuspia. os pelos no rosto eriçavam com o calor. no pé, uma unha encravava. ele não via, aliás, não dava para ver. mas ele sentia. não pelo cheiro, é óbvio, mas ele sentia por dentro. a unha iria encravar. a minha unha vai encravar. e assim ia no banho reconhecendo cada coisa que acontecia em seu corpo. as costas cansadas e doloridas. as mãos macias se endurecendo. a irritação na pele se alastrando e coçando. a barriga vazia denunciava fome. os olhos quando abertos denunciavam a falta dos óculos. como se transferisse seu tato para cada gota de água que percorria seu corpo, sentindo os sulcos que se formavam na pele, sentindo os poros à soltar seus nojos. e daí começaria o massacre.

com o sabão tentava arrancar seu cheio. o meu cheiro. o cheiro nele. pela espuma translúcida subia um cheiro artificial de coisas que ele jamais cheiraria. esfregava as mãos, os braços, o pescoço, o rosto, o corpo, o sexo. esfregava até ficar vermelho. como se quisesse arrancar até dos músculos o cheiro que o importunava. nem que a água ficasse rubra, nem que ele tivesse que arrancar a própria pele. queria se ver longe do cheiro. a água acumulava no chão do banheiro, arriscando inundar tudo. ele não se importava, não era ele que iria limpar depois. o que ele tinha que limpar estava ali debaixo da ducha. era e...Ele.

o céu do lado de fora poderia estar como fosse. aliás, o mundo que acabasse afogado pelo céu. pouco importava se do lado de fora tinha o cheiro úmido do céu. pouco importava se do lado de fora a noite se mostrasse agradável como o dia não tinha sido. era de dentro dele que ele queria arrancar aquele odor. era de cigarro. era de alcatrão. era de nicotina. era o cheiro de cada ansiedade adiada pelo cigarro que havia fumado há pouco. e antes desse. e o antes desse. e o primeiro do dia. não era o cheiro do cigarro em si, mas tinha cheiro de cigarro.

checava sempre se esse cheiro tinha saído. porque do cigarro só havia restado o cheiro. checava sempre se as unhas estavam limpas. porque a sujeira da rua deveria sempre estar lá, na rua, não aqui. e de novo esfregava. e de novo enxagüava. e de novo esfregava. até parar de sentir o cheiro. não que ele não existisse mais. ainda estava ali, impregnando-o todo. mas o que importava era ele não sentir. era ele não saber. como se lavando o dia, ele nunca tivesse existido. como se o passado nunca fosse presente. e como se o presente pudesse se anular apenas num banho.

quarta-feira, abril 06, 2005

LUTO


os sete anões caregam o corpo de Chapeuzinho

Para tristeza de gerações inteiras, morre Chapeuzinho Vermelho aos 97 anos, uma das mais famosas e queridas personagens das fábulas infantis. milhares choram em luto no funeral realizado no rancho de Neverland, enquanto o seu dono foi pego com a mão na massinha.


criança dá ultimo adeus à chapeuzinho vermelho, que agora só viverá na memória e nos livros infantis

segunda-feira, abril 04, 2005


(tive vontade de falar de novo)


******************

Date: Sat, 26 Feb 2005 00:57:54 -0800 (PST)
From:"Raphael" <********@yahoo.com>
Subject: (space intentionally left blank)
To:Send an Instant Message ********@yahoo.com
chega sempre uma hora - e comigo ela sempre é no
começo do dia - em que você se sente mais sozinho.
claro, a solidão FÍSICA da coisa já ajuda em muito -
sou eu, os objetos da sala e os sons que vem da rua
(pássaros? carros? sons.) - mas também tem toda a
solidão VIRTUAL - como sempre o último a sair, e a
chegar. todos os prós (nenhum) e contra (todos) vem
justamente nesses dois momentos. o sair. o chegar. mas
as vezes eu vou dormir, e isso basta. ou eu me
distraio com alguma leitura desnecessário. isso sobra.
mas ASH VEISH eu quero falar. e é justamente nos dois
piores momentos (o sair e o chegar) que é pior querer
falar.

porque tem os dias que você não quer falar nada e
todos tem algo oh-meu-deus-que-importante para te
falar e te obrigar a mexer os dedos mesmo que
forçados. e tem os dias que os dedos já vão mexendo
por conta própria, querendo logo contar coisas. e eu,
"niilista" que sou, nunca tenho muito o que dizer.

aliás, uma das piores sensações de hoje: querer MUITO
dizer algo, mas não ter NADA para dizer, e NINGUÉM
para ouvir. e já não bastava a solidão física. ainda
tem um violoncelo, um violino, uma viola e alguns
passarinhos aqui na sala. malditos sejam!

mas você não merece esses que talvez sejam os três
parágrafos mais obtusos, porcamente escritos e
confusos de toda a história da internet (perdendo
talvez apenas para threads mal redigidos no orkut
pelos semianalfabetos que PULULAM por lá). claro que
eu não ache que alguém mereça isso que eu escrevo, mas
alguém tinha que pagar o pato.

and you are the winner.

afinal, aposto que você já leu coisa muito pior. e
bem, eu nunca te mandei um email? acho que não. bem
vinda à primeira vez (que NORMALMENTE é a última,
raramente é apenas mais uma, quase sempre é tão
confuso quanto.).

eu poderia justificar esse email, mas os mais rasos e
mais espertos mantem uma aura de mistério para
esconder a superficialidade que os aflige. eu poderia
dizer que você foi a escolhida por ser a mais SALAZ de
todas, mas eu nem descobri ainda o significado de
salaz (e ainda não pesquisei na internet. pode?).

é isso, ******. eu precisava falar com alguém.
obrigado pela atenção. agora é cama porque eu mal
consigo pensar no momento (quanto mais digitar algo
minamente coerente e inteligível).

espero que esteja bem.

beijos,

Raphael

*******************
(mas só até aqui)

sábado, abril 02, 2005

nambla for dummies


papa morrendo, michael jackson indo pro gaiolão... o que será do mundo pedófilo sem suas maiores celebridades na ativa?

como diria a Terri Schiavo: "nnnnguh"

quinta-feira, março 31, 2005

duas coisas:



#1.pesadelo junkie


dois ac.s na cabeça fritando o juízo e neguinho tendo que manobrar um uno mille detonado no maior shopping da via láctea e depois se perder dentro do mesmo, lotado até a tampa, para depois encontrar todos os seus amigos caretas num café no auge da maluquecência. pelo menos nessas horas neguinho acorda.




#2. fumacê futebol clube


quase um box de luckinho correndo no time dos sem-camisa. elegância pura no gingado maroto e sensual. bolhas, joelho mueno e pelanca de dedo raspada no chão. constatação final:
no futebol-arte eu sou um jogador-estátua
.


segunda-feira, março 28, 2005

FEAR AND LOATHING IN VITÓRIA
has ended.



a cidade é linda. o povo é feio, mal-educado e muito preconceituoso. o enep foi uma bosta mas eu consegui me divertir muito a custa de muita viagem à pirolândia e a muito carinho e veneno dividido com essa menina tão linda e cretininha que eu amo.

e ainda aprendi a ser selvagem e vivi intensamente o paloso lifestailes.

sábado, março 19, 2005



por alguns dias estarei no XIX ENEP - encontro nacional dos viado e das puta, ops... estudantes de psicologia - em vitória-ES e é óbvio que eu não atualizarei o blog, assim como é óbvio que eu não vou contar nenhuma estória do encontro aqui depois. e acho que é óbvio também que o tema do encontro, as palestras e tudo o mais não me importam de maneira alguma.

volto só daqui a muito tempo. contentem-se com essa bela imagem de uma deliciosa BUNDA:

(imagem retirada, clique aqui)

clique para ver mais, punheteiro safado
um oferecimento indienudes , porque eu sou indie até cultuando onan.

quinta-feira, março 17, 2005

o véio dançou...

COMO ASSIM essa dor filha-da-puta no CIÁTICO me emancando todo?
vocês conhecem alguém com menos de 80 anos nessa onda?
depois neguinho acha exagero quando eu digo que estou definhando.


com vocês, o ciático.

segunda-feira, março 14, 2005



AGORA VAI!


como todo bom brasileiro, espero que ainda em vida o nosso país possa alcançar o posto de potência bamba número um do mundo, e ver com esses meus olhos o cuzinho dos outros países piscando ante nossa soberania. e esse sonho doirado - ou melhor, verde-e-amarelo - se mostra cada vez mais perto de se concretizar. valendo-se da clarividência e de todo o meu conhecimento em política mundial, faço aqui meus belicosos votos da pendenga que vai SACUDIR o século XXI: EUA vs. CHINA. com essas duas potências destruídas, vai dar brasil-sil-sil!


X

haja bala



agora que os amarelos estão cada vez mais brutinhos com relação à ilhota de taiwan e que os branquelos adoram se meter em briga de vizinho (quando o vizinho tem coisa com eles, é bom frisar), eu boto fé e empenho meus desejos de que os dois quebrem-pau e que pelo menos a cnn mostre tudo. sinto falta de uma guerrinha para anuviar as idéia. olhem só aqui se já não dá pra sonhar com o brasil exportanto toda a ginga e malemolência preguiçosa como modelo de vida pra todo o mundo. bem melhor que friends!

aí eu vejo o comentário de um china ( "we're ordinary people, we worry about what to eat, what to wear", Ye) e desejo do fundo de minha alma: TOMARA QUE A M.O.A.B. CAIA NA SUA CABEÇA, SEU AMARELO ALIENADO DE MERDA!


chun li 4eva

quinta-feira, março 10, 2005

rambling#23



by drew, taken from toothpastefordinner


ANDO ASSIM < / l i l a >

me IRRITANDO com a internet. não porque ela ande piorando, coisa que REALMENTE está, mas deve-se ao meu momentinho ranzinza. o orkut já me rende boa parte da irritação, coisa que eu pensei que fosse superar com meu espírito elevado e meu poder concentrado de relevar acontecimentos. acontece que já não basta ser a MAIOR reunião de idiotas do PLANETA, calha de ser o orkut uma ferramenta de onde MULTIPLICA a geração blza e vez por outra, um deles acaba infectando o meu mundo. quando não isso, é um CRISTÃO. e ainda mais vem o fotolog.net que anda causando-me certo ENTRISTECIMENTO com a rapeizo. e isso me causa mais ANGÚSTIA porque é rapeizo conhecido e até querido, mas eu devo falar mesmo assim. perdendo o AMIGO mas não perdendo a PIADA. pois então: eu não consigo ENTENDER certos comportamentos que são cada vez mais comuns na internet. PORQUE alguém sem nada para dizer possui um CANAL por onde ele poderia transmitir sua opinião inexistente não significa que esse alguém DEVE exprimir sua falta de conteúdo num sonoro "eu n entendi, mas bjos". CAPISCEM UMA COISA SIMPLES: eu entendo que você não tenha nada para dizer depois de ler alguma coisa qualquer, e se você não entende algo, tudo bem. mas pra que a necessidade de gastar seus dedos apenas para nos fazer CONSTATAR que você não entendeu? isso ainda piora no fotolog onde os comentários são limitados. e depois vêm me perguntar porque eu não comento nos blogs/flogs alheios. é porque eu me reservo o direito de tentar só me manifestar quando é pertinente. acho que esse conceito tá no LACK por aqui. PERTINÊNCIA. e aí vem na capa do insanus.org a pergunta "porque você tem um BLOG?" e eu vejo a resposta mais PERTINENTE à mim, que é inclusive daquele que no momento eu EMULO, o próprio CARDOSO: "eu tenho um blog porque eu tenho LEITORES". mas eu já nem sei mais se é motivo SUFICIENTE, afinal, quando eu SUPERESTIMO ou quando eu SUBESTIMO os meus leitores, SEMPRE há de haver prova em contrário. faltam DISCORDIANOS, faltam CAOTICISTAS, falta VIDA INTELIGENTE. falta a kelly, falta a lila, falta um bicho do porão que vive se escondendo. falta alguém que entenda os TÍTULOS e as NUANCES. ah, falta MUITA coisa.

aí vem alguém e diz "fiquei com preguiça de ler, mas adoro você, beijos". tá, eu também adoro toooooodos vocês.




quarta-feira, março 09, 2005

...mas as vezes cai pro lado errado.
limítrofe
quando falta muito pouco pro colapso final também falta muito pouco para se estar quase bem. um equilíbrio perigoso, mas inevitável. e que as vezes acaba caindo pro lado bom.

domingo, março 06, 2005

À GUISA DE AVISO:


toda a exuberância de meu celular de nêga em TAMANHO REAL


mesma linha, mesmo número, aparelho diferente.
podem voltar a me importunar com a política do tóquinho.

e a do tôquinho também.

quarta-feira, março 02, 2005

tratado inconclusivo sobre a solidão
pt. 2


(nunca existe parte 2 para qualquer parte 1 em mim. todas as partes são sempre as primeiras e são sempre as últimas)




*espera*

domingo, fevereiro 27, 2005

tratado inconclusivo sobre a solidão.
pt. 1


de uma maneira geral, para todo e qualquer assunto existem no mínimo uma maneira fácil e uma maneira difícil de se explicar o objeto do qual se fala. obviamente a maneira fácil é aquela em que se expõe com maior clareza e objetvidade aquilo que se quer dizer, não deixando dúvida e levando à interpretação correta da maneira mais direta possível. mas isso não interessa àqueles que se atrevem a entrar no campo das maneiras difíceis de se explicar. para esses, as matizes não vêm em rgb e não obedecem nenhuma escala cromática, as formas não se assumem como são e nem tudo que é, é realmente o que quer que seja. e mesmo se for assim, não dá para aturar como sendo e tudo pode ser mudado pela fala. falar é tão importante porque é por ela que se cria o mundo, é por ela que se diminuem as estaturas das coisas para tamanhos cabíveis em pequenas e intricadas frases soltas, em longas e fluidas explicações inexatas.

o paradoxo não está além do que se vê, está estampado em cada coisa que se muda a face pela palavra. o mundo é mundo porque é assim que eu o chamo, o real só é assim porque etimologicamente foi feito assim. não são os átomos, mas as letras que formam a matéria física do que vemos, sentimos e testamos os nossos outros sentidos. que aliás são tão desnecessários para desvendar o mundo quanto são as próprias ferramentas com as quais se deslumbram as visões de coisas que não conseguimos ver. os micros e os macros nada contam se eu não poder dizer o que são. explicando pela maneira simples: não há nada além da palavra. explicando pela maneira complicada: tudo o que existe existe porque tem nome, e nada não existe porque a partir do momento que se cria um nome para isso, a existência da coisa também passa a acontecer. são os nomes os culpados de tudo, são os nomes que constroem o mundo, são os nomes que povoam o mundo.

qual é o meu nome que ainda não foi dito por ninguém, e qual é o nome daquilo que falta existir? eu sinto falta das palavras porque não só elas fogem porque eu não consigo ter controle satisfatório sobre elas, como elas fogem porque o laço que as aperta é sempre muito frouxo, é sempre muito sutil. o dom da palavra é o dom de possuir o mundo, mas para possuir o mundo, deve-se abdicar de tanta coisa que de que vai servir ser dono de algo se para isso o vazio daquilo que se deixa ir é sempre o que pesa mais na balança? a não-existência é sempre mais forte que a existência, apesar de ser sempre mais rara. mas não é isso que se deve falar.

a hora em que estou mais sozinho é a hora em que todos estão juntos vivendo algo em separado. seja a hora de ir dormir, seja a hora de ir trabalhar, seja a hora em que o cidadão que não tem nada a perder ou ganhar senta num banco e fuma um cigarro antes de tomar qualquer decisão que em nada vai mudar o rumo de sua vidinha rotineira. esses momentos são únicos e são imbuídos do que a terminologia chamaria de solidão, mas não é bem assim. todos estão fazendo isso enquanto eu estou aqui fazendo outra coisa. quem está aqui fazendo a outra coisa? quem está aí fazendo a outra coisa? eu não posso sentar num banco e fumar um cigarro antes de tomar qualquer decisão que em nada vai mudar o rumo de minha vidinha rotineira porque eu não possuo esse poder. eu não tenho uma palavra. eu não tenho um nome.

no fim das contas, todos estão sozinhos. mas eu estou mais sozinho ainda.


essa que é a explicação mais difícil.

sábado, fevereiro 26, 2005

O PRIMEIRO B.O. A GENTE NUNCA ESQUECE


minha agenda, minha vida


então estava eu lá na CONFRATERNIZAÇÃO, mó clima de calor, sedução e libido no ar. DRAGOTEA DIN TEI já tinha rolando na PISTA - sinal de que a coisa tava BOUA. chapa fervendo. FESTA NO APÊ rolando repetido no deck do DEEJAY. dancinhas MAROTAS quando se deu o ocorrido: FURTARAM meu celular.

malaco wannabe de BONÉ numa festa DE NOITE só pode significar COCÓ. e uma festa que misturava malacos wannabes, MARGINAIS, s.x.e.'s, ROQUEIROS, patricinhas nojentas, playboys e - além disso - gente FEIA só podia dar em SCHIEßE*. pena que a única testemunha ocular do ocorrido estava sob efeito de ENTORPECENTES e não pôde me prestar o devido auxílio no ocorrido - não que ele tivesse obrigação, lógico. e eu, DE CARÍSSIMA paguei logo uma de VACILÃO por ter caído no antiquíssimo logro do ESBARRÃO.

isso tudo significa ADEUS agenda de telefones. se você ACHA que seu número é IMPORTANTE para mim, e deseja que eu ligue ou pelo menos SAIBA o seu número, entre em contato comigo POR EMAIL e me dê o seu telefone para o devido ANOTEAMENTO em meios analógicos: PAPEL mesmo. para os usuários do msn devidamente CADASTRADOS: me dê um TC. ou se vocês não se importam em PUBLICIZAR o seu número de contato, LEAVE A COMMENT mas não me responsabilize pelas consequências.

agora só resta a SAUDADE.


* para os amantes do vernáculo germânico, eu SEI que está tipograficamente errado e que a grafia correta em CAIXA ALTA é "ss". mas vai à cháisse por ser tão CAXIAS.



já deixando saudades, olha o que o DANADINHO podia fazer(e que eu descobri apenas AGORA): Alarme para Compromissos, Lista de tarefas, Calculadora, Jogos, Discagem por comando de voz (20 memórias), 169 memórias / 6 categorias, Rediscagem automática para sistema "ocupado", Rediscagem das 10 últimas chamadas efetuadas, Discagem rápida por 1 toque (1-9), Discagem rápida por 2 toques (10-99), Discagem rápida por 3 toques (100-169), Identificador de chamadas, Acionamento do modo vibratório com apenas um toque, Acionamento da discagem por voz com apenas um toque, Sincronismo com PC, Possui amplo display gráfico LCD (5 linhas para navegação na Internet), 3 tamanhos diferentes de letras (com acentuação gráfica), 4 tipos de alerta (toque, vibração, luz e vibração + toque), 20 tipos de campainha (10 toque e 10 musicais) INCLUINDO tema "brasileirinho", Alerta diferenciado *, Display com animação gráfica (3 opções)

* Depende de disponibilidade de serviço da operadora local



NHANHA

segunda-feira, fevereiro 21, 2005

A ARTE DO CHIMBRE, ou "CÊ É RAIZ? SE PLANTE"



flagra da maratona carteado depois de 27 horas de jogo



contrariando todas as expectativas - inclusive as minhas - eu não estou com dengue. os pobres dos aedes que me morderam não me deram esse presentinho e todos os sintomas incovenientes se foram em dois dias depois da primeira birita. ou seja, nada de efeitos secundários da doença: nada de visitas em casa, nada de descanso da universidade e nada de ATENÇÃO, CARIÑO y CUIDADOS.

aí eu CHIMBREI.


além disso, tal qual a fênix que das próprias cinzas renasce, acordei ESBANJANDO saúde no fim de semana. inclusive alcançando o INCRÍVEL feito e atual RECORDE sulamericano de jogatina envolvendo cartas em diversas modalidades. foram 30 horas de carteado (lê-se TRINTA HORAS) quase ininterruptas, com pausas apenas para comer, beber, ir ao banheiro, e é claro, sustentar o único vício dos participantes - comprar cigarros. com direito à final apoteótico-goiaba e EUFÓRICO dos dois únicos participantes que ficaram essas 30 horas sem dormir. sendo que um deles era moi.










GRANDE MERDA, ein?

sexta-feira, fevereiro 18, 2005

...e então passeando pela universidade, eis que me vejo atacado por todos os lados por mosquitos.

"por deus", pensei, "preciso reagir!". e num movimento brusco, acabo por ABATER os ferozes sugadores de sangue com um impacto mortal de meu PALMEIO. e então, vejo estrebuchar em meu braço um bichinho INGUALZIN à esse:



qualquer observador mais atento - e que já tenha passado pelo segundo grau e/ou assiste as maravilhosas campanhas do ministério da saúde - sabe que se trata de um antigo conhecido nosso. o fofinho AEDES AEGYPTI. mosquitinho maroto que acompanha a humanidade há UMA CARA e que não só incomoda com sua sanha sanguinolenta como ainda de quebra é o vetor da DENGUE.

sendo que fui picado DIVERSAS vezes (tendo abatido apenas três dos malditos) fiquei naquela nóia por dois dias, até que hoje nada mais que derrepentemente me senti ABATIDO, com FEBRE y com DORES GENERALIZADAS. bingo, sintomas da dengue.

bem, ou é isso ou foi aquela merda de BOI RALADO do restaurante universitário hoje no almoço.

------
serviço de utilidade pública: saiba mais sobre a dengue aqui.
------

terça-feira, fevereiro 15, 2005



- então, voltei.

depois de quase perder o ônibus, depois de nove horas MUITO desconfortáveis viajando pela estrada, depois de algumas horas na fiscalização estadual com o busu cheio de muamba e coisas do gênero: THE ROCHEDO IS BACK.

aguardem cenas dos próximos episódios.

sábado, fevereiro 12, 2005


papangu em clara demonstração de flerte. isso é carnaval.

notícias esparsas do carnaval 2005, direto de hellcife.

o registro dos fatos carnavalescos em meu córtex foi seriamente prejudicado devido ao abuso de substâncias nocivas e ao nível elevado do efeito GOIABA no (in)consciente coletivo da trupe aracajuana em recifolinda. MAS, o que é uma memória comum perto da SENSAÇÃO de que - seja lá o que foi que você fez - foi do caralho?

tá certo que em termos AMOROSOS (
the classic amor de pica aqui incluso) o meu carnaval foi paradíssimo. ah, mas é meu ano sabático e eu preferi me concentrar em outras coisa (ah, entendam o erro). claro que não rolou carnaval secão, afinal, sou também um bom filho de Azazel e beijei algo em torno de 15 bocas. o que é claro pode ser uma estimativa baixa, levando-se em conta que meu nível alcóolico ultrapassou a média geral de carnavais passados e grande parte dos fatos ocorridos passaram direto pela minha cabeça, sem parar pra fixar muito bem.

mas
A NIVEL DE auto-estima, esse carnaval foi A vibe. devo grande parte disso à um camelô desconhecido que ganha seu dinheiro honesto e suado numa das inúmeras pontes dessa bagaça. pela PINCHINCHA de 2,99 coins comprei meu reloginho de carnaval que me confessa À CADA SEGUNDO que me lóva, com I LOVE YOU de coraçãozinho no ó e tudo. uma GRA-ÇA.

(e bem, pelo menos ALGUMA COISA tem que me amar, néam?)

e ainda soma-se à essa EXPLOSÃO de massagem no ego o fato de que pelo menos nessa minha visita à Resífilis, houve mudanças na opinião das pessoas quanto à mim à nivel de PESSOA. vejam por exemplo a opinião de B. (estudante de jornalismo, 23 anos, solteira), proferida em rodinhas de amigas durante a penúltima visita minha em Recife:

- viado, com certeza.

AGORA vejam a mudança DRÁSTICA na opinião dessa moça, depois de me ver aparentemente mais magro (abatimento e definhamento agora contam) e com um novo VISU, MODERNO y IMPACTANTE com as BUCETINHAS:

- porra, raphael tá muito gatinho.

é nessas horas que eu sinto vergonha por não ser um macho alpha e mandar o clássico "passar-lhe-ei a vara, senhorita". mas ah, pelo menos fica a lisonja.

e por falar em clássicos:

VOLTO SEMANA QUE VEM, EIN?

(ah, as piadas internas...mais notícias e histórias do carnaval no próximo capítulo - que vocês SABEM que não vai sair, né?)