e então eu acho isso no blog do bruno:
"E, afinal, quem é que se dominava de verdade? Quem é que tinha a perfeita consciência de si, da solidão absoluta que significa nem sequer contar com a própria companhia, que significa ter de entrar num cinema ou num bordel, ou em casa de amigos ou numa profissão absorvente ou, ainda, no matrimônio para estar, pelo menos, só entre os demais?" (CORTÁZAR, Julio. O Jogo da Amarelinha)
- captaste?
pois bem, é desse tipo de solidão que se trata quando eu digo que sofro por estar só. porque eu mesmo me afastei ultimamente de mim. mas não, isso não é um texto olha-como-sou-profundo-por-ser-depressivo-e-coisa-e-tal-pou-tipo. é apenas daqueles momentos de constatação súbita, que se faz enquanto você está junto daqueles que mais se aproximam do seu eu e ainda assim você não os sente como próximos. como se eu estivesse com o rosto colado na tela, mas sabendo que a atriz linda e loira que mostra os peitos não se encontra ali, apesar de que a imagem de suas belas mamas brilham em rgb à centimetros de distância.
e eu eximo de culpa todo o mundo. mesmo porque eu que me tornei um misógino intrasigente. e eu não vejo uma maneira de explicar em português como eu estou. mas pra quem manja, digamos que eu não estou growing up, e sim growing old. coisinha de criatura velha e chata: intolerância e falta de senso de humor saudável. humor negro, sarcasmo, ironia e veneno virando cadeira na minha universidade. e não é querendo por o carro na frente dos bois, mas eu já imagino que minha progenia será a criatura mais amarga e sarcástica do mundo. tá, não é querendo me gabar também não...
ah, mas sei lá. são tantas as emoções. eu reparo que nunca consigo sair da superficialidade mesmo quando eu falo coisas que eu tou podendo. não adianta nada ser o PICAS se essa merda não se ANDA. eu prefiro falar, falar, falar, falar, falar...ah, escrever anda me tirando a essência das coisas ao invés de mostrar pelo menos um pouco delas. como se as palavras escritas roubassem um pouco do que é cada palavra pensada. como se a mediação nóia - ação - escrita estivesse já bichada no meio do processo. captaste?
então estou só.
ah, e quem disse que os escrotos não podem ser sensíveis?
"E, afinal, quem é que se dominava de verdade? Quem é que tinha a perfeita consciência de si, da solidão absoluta que significa nem sequer contar com a própria companhia, que significa ter de entrar num cinema ou num bordel, ou em casa de amigos ou numa profissão absorvente ou, ainda, no matrimônio para estar, pelo menos, só entre os demais?" (CORTÁZAR, Julio. O Jogo da Amarelinha)
- captaste?
pois bem, é desse tipo de solidão que se trata quando eu digo que sofro por estar só. porque eu mesmo me afastei ultimamente de mim. mas não, isso não é um texto olha-como-sou-profundo-por-ser-depressivo-e-coisa-e-tal-pou-tipo. é apenas daqueles momentos de constatação súbita, que se faz enquanto você está junto daqueles que mais se aproximam do seu eu e ainda assim você não os sente como próximos. como se eu estivesse com o rosto colado na tela, mas sabendo que a atriz linda e loira que mostra os peitos não se encontra ali, apesar de que a imagem de suas belas mamas brilham em rgb à centimetros de distância.
e eu eximo de culpa todo o mundo. mesmo porque eu que me tornei um misógino intrasigente. e eu não vejo uma maneira de explicar em português como eu estou. mas pra quem manja, digamos que eu não estou growing up, e sim growing old. coisinha de criatura velha e chata: intolerância e falta de senso de humor saudável. humor negro, sarcasmo, ironia e veneno virando cadeira na minha universidade. e não é querendo por o carro na frente dos bois, mas eu já imagino que minha progenia será a criatura mais amarga e sarcástica do mundo. tá, não é querendo me gabar também não...
ah, mas sei lá. são tantas as emoções. eu reparo que nunca consigo sair da superficialidade mesmo quando eu falo coisas que eu tou podendo. não adianta nada ser o PICAS se essa merda não se ANDA. eu prefiro falar, falar, falar, falar, falar...ah, escrever anda me tirando a essência das coisas ao invés de mostrar pelo menos um pouco delas. como se as palavras escritas roubassem um pouco do que é cada palavra pensada. como se a mediação nóia - ação - escrita estivesse já bichada no meio do processo. captaste?
então estou só.
ah, e quem disse que os escrotos não podem ser sensíveis?
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