o quarto é um mar calmo onde repousa o conhecido. mesmo do escuro, nada se sobressai à calmaria. o vento não entra. não traz o gelo que castiga o que há lá fora. o som é o o som da voz dos meus dedos, batucando cada uma dessas palavras desnecessárias. o quarto é um mar calmo onde nada mais repousa.
a cama é um bote. é um barco. é um transatlântico. vazio. o quarto é ainda o mesmo mar tranquilo onde repousa o silêncio. onde repousa a falta. e a cama, enorme, está parada no meio desse oceano. do mar tenebroso. onde monstros com certeza aguardam, em repouso.
a cama é um mar revolto onde repousa a falta. o quarto é a noite onde a calma aguarda. a cama aguarda também, enorme. vazia. em silêncio. em repouso.
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