segunda-feira, fevereiro 23, 2004

Boletin Carnaval 2004:

Issaí moçada, game over pra mim. Acabo de retornar do incrível Hospital Unimed Recife II com alguns kilos - de gesso - a mais no corpo, e dores patelares intensas. Desloquei o joelho? Rompi os ligamentos? Fissurei algum tendão? Isso só saberemos em Aracaju, quando eu fizer minha tão esperada ressonância.

Eu tenho que reportá-los da minha visita ao hospital Unimed Recife II, porque foi uma experiência única. Além de ter sido literalmente chutado por uma médica (advinhem onde? acertou quem disse na perna doente!) que passeava pelo corredor logo quando chego, presenciei ali coisas só vistas talvez no Without Notion Memorial Hospital. Primeiro que ao ser atendido, logo após o chute (que, é claro, doeu demais) tive que ter meu joelho retorcido de maneiras mil, um procedimento ortopédico até que esperado, mas que foi de certa forma traumático (e olha que coincidência, o médico era um conterrâneo sergipano, pra ser mais específico, de Propriá). Depois, rumo direto para o Raio-X.

Mas peraí, uma janela de vidro na sala de raio-x? Não, peraí, porque a porta da sala de raio-x é uma porta normal, e pior ainda, porque ela está ENTREABERTA? Eram essas as perguntas que me vieram a mente quando adentrei o recinto. Pelo jeito eles talvez nunca tenham ouvido falar em radiação, em seus males e em como a proteção plúmbica consegue conter esses perigos. Não bastava eu ter que receber toda essa descarga cancerígena, parece que todos os presentes no primeiro andar da ala deveriam ter sua dose também.

Depois dessa experiência um tanto heterodoxa, fui para a saleta de recuperação esperar por minha tala (a enfermeira responsável estava ocupada com um cara literalmente todo fudido. o cara parecia uma múmia) e bem, nessa saleta acho que já adquiri uma boa parcela de todas as doenças que desenvolverei nos próximos 20 anos. Não bastava uma das enfermeiras estar tossindo, tinha ainda um senhor que passou o tempo todo pigarreando com uma vazão foz-iguaçuana, tossindo, escarrando e fazendo outros sons bizarros com seu aparelho respiratório.

Ainda teve mais uns detalhezinhos bizarros, mas que serão deixados de lado já que não me aguento mais sentado. Vou descansar meu gessinho ali, pessoal.

Pois é, tem que rir, já que era nesse carnaval que eu estava procurando deixar de lado toda a merda que minha vida estava sendo. Era esse carnaval que eu queria brincar de ser feliz. Mas bem, todo carnaval tem seu fim. Uma pena quando ele vem antes da quarta-feira de cinzas.

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