preocupações russas
quase alcançando o vigésimo primeiro ano de vida e sem um lampejo de vida que fosse mais brilhante que o mediano, o padrão. porque cada vez mais eu me preocupo com coisas que não deveriam preocupar pessoas como eu. preocupações do século passado, preocupações russas. porque eu sei deep inside que me falta aquele lampejo que faz as pessoas brilharem mais na multidão, aquela faísca que se lança da alma das pessoas em direção das coisas que elas fazem. me falta a originalidade que fazia falta aos meus queridos russos, me falta a genialidade que fazia inveja nos meus queridos russos.
e o que faz isso doer ainda mais é porque eu sei, e não é prepotência, que eu sou inteligente, ou que pelo menos não sou um absorto inerte. meu teste de q.i. me dá provas irrefutáveis de que pelo menos eu tenho algo aqui na cachola, batendo-se contra a caixa craniana. mas esse algo não passa nem de ser um potencial, nem um talvez. e isso me angustia, porque pra quem já não tem o good looks, uma boa cabecinha superior e pensante faz uma falta angustiante. claro que todo mundo quer ser um jênho, e eu talvez não seja nem original nisso.
mas talvez ser um cabeção me incomodasse ainda mais. porque eu penso muito e pensar muito leva à dores de cabeça e reservas morais desnecessárias. um "foda-se" cairia muito bem agora.
então, pra tudo e pra todos:
FODA-SE
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