quarta-feira, maio 26, 2004

assisto um incenso queimar lentamente. as finas cinzas sendo depositadas no incensário. a fumaça que sobe numa espiral caótica. um ballet de vapores brancos e aromáticos. a brasa vívida a consumir a haste verde. carregando em si os restos daquilo que ela mesma consumiu para depois deixá-los sucumbir ao próprio peso e se desmancharem embaixo, deixando um rastro físico do trajeto da brasa suspensa no ar. enquanto o calor desnuda o fim de tudo e mostra ao que voltaremos, todo o ar em volta é mudado e se recobre de cheiros que remontam os lugares que provavelmente nunca irei.

as vezes a destruição é bonita.


ho ryu koh. incenso da fênix e do dragão.

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