segunda-feira, janeiro 05, 2004

eu volto pra dizer que voltei

e então eu estou aqui, faltando quantos minutos eu queira para que eu vá tomar banho e me arrumar para o meu triunfal retorno à mediocridade da minha rotina "acadêmica" (aspas intencionais e significativas) e resolvo avisar aqui, logo aqui, que eu voltei. voltei de algum lugar? não porque eu nunca saí de onde eu sempre estou, mas vai lá, voltei aos grilhões e desígnios do calendário acadêmico do departamento de administração acadêmica da universidade federal de sergipe e isso nem seria digno de nota, porque aliás nada é digno de nota, pelo menos aqui. e pensando bem, ficar com um olho na bola e outro no gol é impensável pra mim que não jogo (não jogo nada, não sei jogar) mas eu tou de volta pensando em sair, esperando o oh-tão-esperado dia 22 de janeiro de 2004 para que eu vá lá trancar a matéria/curso/o que vier na cabeça na hora.

e o que vem na cabeça agora é pegar cada particulazinha de cada coisinha pequena e insolúvel, embrulhar num papelzão de presente amarelo e bem bonito, pôr um laço de fita vermelho e colar um tsuru na ponta, juntar tudo isso e mandar para a puta que los pariu, tocar fogo e destruir cada detalhe bonitinho num ritual pagão aos deuses celtas da colheita. porque, caralho, eu tenho que colher alguma coisa boa disso tudo. e foda-se se eu não faço mais sexo, ou se eu não tenho mais alguem que seja uam referência para mim, esse ano pelo menos eu tenho que tirar alguma coisa de proveito. ou pelo menos fazer um pouco de sexo de vez em quando.

mas voltando ao que eu queria dizer e ainda não disse: pelo menos o fim de ano foi lindo. não esteticamente lindo, porque um gordo de cueca dançando ou tomando banho de piscina nu está relegado às mais baixas castas estéticas da pirâmide social (e mandado de volta ao fim da fila de possíveis ganhadores de uma noite/tarde/30mins de sexo). mas o ano novo foi lindo. e foi sóbrio! ó surpresa! mas não é que pelo menos o "vício" que essas agruras e viadagens me impigiram foi embora? digo logo aqui, não me parabenizem por essa virada de mesa espetacular, por essa vitória sobre mim mesmo, porque não foi uma grande tomada de consciência e uma revolução moral que me fizeram parar de encher a cara até literalmente dormir na merda. todos os louros pro meu fígado que não aguenta mais nem tubaína fermentada. e bem, teve uma presença iluminada que me trouxe uns risinhos e uma alegria boa danada e uma falta muito sentida que me apertou e me deixou na mão quando essas coisas de saudade apertam e te deixam na mão. mas teve um ano novo de menos fogos de artifício que o ano passado, e menos choro-e-vela e comida gostosa do que o ano passado. mas foi lindo. foi molhado. foi cansado. e porra, foram 24 horas e alguns minutos de festa, esbórnia e destruição. to-ta-li-ty

e eu tou aqui ouvindo o carinha me dizer que eu tenho que tolerate all the people that eu hate, mas caralho, daqui a quantos minutos eu queira eu tenho que ir tomar banho e me encontrar com essa cambada toda que eu não odeio, mas que me fazem odiar a minha vida e tudo o que a circula. caralho, porra, cacete, porque, eu pergunto de novo, porque eu tenho que ir para um lugar que eu não quero, com pessoas que eu não quero, para estudar uma coisa que eu não quero para ser uma coisa que eu não quero? eu pergunto porque e quando chego lá, fico sentado no mesmo banco. esperando a mesma aula que nunca chega, e que na verdade já passou, e eu estava lá o tempo todo sentado. eu nem chego a ser isso.

oquei, decidi. hora de acabar o post e ir dormir. porque a universidade ainda vai estar lá amanhã.

leave me in bed, I dont wanna argue.

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