quarta-feira, março 10, 2004

tomar água fervendo. empurrar cabos de vassoura garganta abaixo. enfiar agulhas de cerzir no abdomen. engolir couro e ferro. pular dentro de vulcões. engolir dinamite. engolir carvão quente em brasa. entrangular-se com o próprio cabelo. usar furadeiras elétricas para perfurar o cérebro. colocar o pescoço num torno mecânico. injetar manteiga de amendoin e/ou maionese no sangue. aplicar viúvas-negras na pele. afogar-se em tonéis de vinagre. beber ácido sulfúrico. engolir fogos de artifício.



o que faz pessoas chegarem a esse ponto e se matarem de maneiras tão extremas me deixa desesperado ante o quão profundo pode ser o poço. e o quanto que nossa alma é capaz de aguentar os dedos gélidos da Loucura tocando levemente nossas têmporas. ah! eu sou facilmente impressionavel sim, e principalmente com livros - quase choro na fisio hoje, e não foi por causa da tortura física implicada - eu consigo ir além e pensar em como essas pessoas fizeram isso. porque livros só servem se forem para ir além. e eu imagino a pessoa sentar calmamente. pegar uma vassoura. posicionar calmamente em sua boca. levantar a cabeça e alinhar a vassoura. e depois enfiar com toda a fúria contida para se assassinar. e por deus! dá um nó. mas um dia, quem sabe, eu escrevo o texto que tanto quero escrever sobre suicídio.

muito H. muito mesmo.

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