sábado, outubro 05, 2002

Soltando fumaça pelas narinas...

Acabei de ler A História Secreta. Eu não comento mais nada porque tem muita gente que lê o meu blog que ainda não terminou. Na verdade só uma, mas eu insisto em achar que várias pessoas visitam meu blog e que o livro que eu acabei de ler é impressionante, um best-seller. Não que o livro seja ruim. É ótimo. Comprem e leiam se possível. Tou esperando ansioso pelo filme. Alan Pakula comprou os direitos dele....Espero que seja bom...

Soltando fumaça pelas orelhas...

Eric Hobsbawn (ou seja lá como se escreve) é um velhinho legal. Me deixou com um humor legal hoje. Ou ontem. Não importa.
Ele escreveu um livro (acho que A Era dos Extremos) e deu uma entrevista para uma repostagem especial sobre o terrorismo. Segundo ele, o Estado, no mundo contemporaneo, cada vez mais perde o poder. O "Poder Paralelo" cada vez mais toma o poder do Estado, que não consegue manter a ordem e segurança. Cada vez mais o mundo é caótico e desorganizado. Eu gosto da ordem, apesar de que no meu teste de personalidade eu não tive um escore muito alto nessa categoria. A ordem me dá segurança. E a desordem de que sêu Eric falava não era nada legal. Caos. Violência. Tráfico. Morte (Ficou legal esse morte de vermelho, não?)

Soltando fumaça pelos poros...

E lá vem mais um dos meus posts multi-temáticos. Eu não gosto desse jeito. Fica sem nexo. Fica deslocado. Coloca o leitor numa posição desconfortável. Não sei por que, mas sempre acho que os leitores se sentem numa posição desconfortável. Sente direito. Relaxe. Respire.
"Estou degenerando". Relaxe. Conte até dez.
Chega um momento da sua vida que os contatos sociais se tornam martírios. Penas. Sofrimento.
É o momento que alguém te pergunta "como você está", e você responde: "Ah, sei lá...dá uma passada no meu blog".
Eu não falo de quão nerd isso parece. Na verdade isso é MUITO nerd. Isso é nerdice ao extremo.
Mas eu penso de outra maneira.
Existe uma époda na sua vida. Na vida de qualquer um.Que os contatos sociais se tornam maçantes. Não falo de mim. Ou falo só de mim. Mas existe um certo momento. Um dia, um mês, um ano, que cada pessoa encontrada, cada aperto de mão, cada troca de olhares, beijos e abraços, cada "oi", cada "tchau", cada esbarro furtivo no ombro, um tropeço, um "desculpe" emcabulado, um sorriso amarelo...Cada evento singular e geral é insustentável.
A vida prega peças. A vida é uma sacana desdentada. Vida é a atendente da Casa da Cópia. Sem sorrisos, sem gracinhas, sem reação. Ela já sorriu pra mim uma vez. Já fez piada com Bruno. Uma vez. Uma única vez.
Mas as pessoas... Eu gosto de pessoas. Mais do que gosto de objetos brilhantes e em movimento. Eu olho. Eu adoro olhar as pessoas. Não aquele olhar rabugento, de fofoqueiras da praça. Só olhar....olhar pessoas passar...olhar pessoas namorar...olhar pessoas comendo...olhar....só olhar...
Mas isso assusta. Como se fosse um crime eu olhar um belo casal de namorados conversando. Ou brigando. Como se fosse um crime eu olhar um estranho comendo e olhando para os lados, estranho. Vocês agora devem ficar com medo de mim. Não se preocupem. Eu não olho. Não mais...É tudo muito normal. Muito certo. Muito asséptico. Esquizofrenicamente asseptico.

Soltando fumaça pelos olhos...

Sinceridade Impiedosa.
"Fracasso silencioso".
Devaneio Cristalino.
Ler livros é perigoso. Você fica com cada frase na cabeça...
don't be scared, at the books you read...
Sou incerto às vezes...mas isso dá um puta ar "cool", não dá?

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